sábado, 16 de fevereiro de 2019

A história do Tricolor no basquete

Em 2019, o São Paulo disputará a Liga Ouro de Basquete em busca do acesso à principal liga do esporte no Brasil, a NBB. É o retorno do Tricolor à modalidade profissional após 16 anos de ausência: na temporada 2002/2003, a torcida são-paulina viu em quadra o time feminino, liderado por Janeth Arcain, ser campeão nacional.  


Contudo, a história do clube com a modalidade é bem mais antiga, tendo origem no segundo semestre de 1942. Na época, o presidente tricolor, Décio Pacheco Pedroso, resolveu transformar o São Paulo em uma associação poliesportiva. Além do futebol e do basquete, foram adotados também o atletismo, o pugilismo, o vôlei, o remo, o tênis, dentre outros esportes, como até mesmo a esgrima, o xadrez e o beisebol.

O primeiro passo foi dado com o time masculino de basquete, que antes ainda de completar um ano de atividades, faturou o título do Campeonato Paulista de 1943 (ou melhor dizendo, como ficou conhecido posteriormente, do Campeonato Metropolitano, pois na época também existia o Campeonato do Interior do Estado e naquela edição não houve cruzamento dos vencedores).


Na mesma temporada, o São Paulo venceu também o Triangular Rio-São Paulo-Minas, derrotando o Fluminense na decisão. O sucesso no empreendimento masculino motivou a criação do setor feminino, na sequência. E as vitórias também vieram: Campeãs do Torneio Início de 1944, da III Olimpíada Tricolor (confrontos contra o Fluminense), e do Campeonato Paulista (válida a mesma observação feita acima).

Nesta fase, os principais nomes do basquete no clube eram, no masculino, Naim, Montanarine, Abreu, Massenet e Nigro. Já no feminino, Rute, Lais, Vanda, Antonieta e Elisa. Todos e todas com passagens por seleções estaduais e nacionais. As equipes de basquete são-paulinas, na época, eram tão respeitadas que tal prestígio motivou uma equipe de militares norte-americanos, que serviam a esquadra do país deles em águas brasileiras, a um jogo amistoso contra os tricolores no Pacaembu: e o Tricolor venceu, em noite que valeu o recorde de público e renda para o esporte no cenário sul-americano, até então.


Contudo, com a difícil negociação para a obtenção de uma nova sede social, onde o São Paulo pudesse erguer o próprio estádio de futebol e acomodar também seus setores poliesportivos (o time de  basquete, por exemplo, mandava seus jogos no Clube Anhangüera), a tardia evolução desse processo e o contínuo aumento de custos, os departamentos amadores forem sendo fechados, um a um, até restarem apenas o atletismo e o boxe durante a construção do Morumbi, nos anos 50.

Desta maneira, o Tricolor se manteve afastado dos jogos de basquete de categorias adultas (pois sempre manteve times sociais e federativos em categorias de base) até retornar timidamente em 1989 e 1990: no primeiro ano venceu o Campeonato Paulista da 2ª divisão, então nomeado de 1ª divisão; e no segundo participou da divisão principal. Voltou, porém, a se licenciar logo depois.


Foi somente em 2002, sob a tutela de Marcelo Portugal Gouvêa, com o comando do técnico Alexandre César Cato, e em parceria com a AA Guaru, de Guarulhos, que o basquete são-paulino atingiu seu ápice: o time de Janeth, Kátia, Palmira, Simone, Íris e cia sagrou-se campeão brasileiro. Além disso, a equipe chegou a disputar o Campeonato Mundial, em 2003, terminando em sétimo lugar.

Agora, em 2019, com a equipe masculina, um novo capítulo se inicia para o esporte no Tricolor. 

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