SÃO PAULO FUTEBOL CLUBE

CNPJ/MF nº 60.517.984/0001-04
Fundação: 25 de janeiro de 1930
Apelidos: O Mais Querido, Clube da Fé, SPFC, Tricolor Paulista.
Esquadrão de Aço (30-35), Tigres da Floresta (30-35), Rolo Compressor (38-39, 43-49), Tricolor do Canindé (44-56), Rei da Brasilidade (50-60), Tricolor do Morumbi (60-), Máquina Tricolor (80/81), Tricolaço (80/81), Menudos do Morumbi (85-89), Máquina Mortífera (92/93), Expressinho Tricolor (94), Time de Guerreiros (2005), Soberano (2008), Jason (08-09), Exército da Salvação (2017), O Mais Popular (2023), Campeão de Tudo (2024).
Mascote: São Paulo, o santo.
Lema: Pro São Paulo FC Fiant Eximia (Em prol do São Paulo FC façam o melhor).
Endereço: Pr. Roberto Gomes Pedrosa, 1. Morumbi; São Paulo - SP. CEP: 05653-070.
Site Oficial: www.saopaulofc.net
E-mail: site@saopaulofc.net
Telefone: (55-0xx11) 3749-8000. Fax: 3742-7272.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

O último de uma grande era...

... e o primeiro de uma ainda melhor.

Aqui cito dois relatos de jornais de época retratando o fim e o início de dois grandes clubes, ilustrando também a extinção do amadorismo e o despertar do profissionalismo em São Paulo.

O último jogo do Paulistano

"O pequeno campo do Paulistano, no Jardim América, apanhou uma boa assistência, que presenciou o encontro em que se empenharam o quadro local e o do Antarctica. A excelente atuação do Paulistano deu brilho ao encontro.

Para uma equipe que vinha jogando de forma medíocre nos últimos tempos, esta foi uma atuação unânime, com grande desempenho. Principalmente o do consagrado campeão que se chama Arthur Friedenreich, e de Milton".

Diário de São Paulo - 16 de dezembro de 1929.

A prova de estréia do novo clube

"Foi essa prova que marcou a estréia do novo clube. O São Paulo, de início, investiu fortemente, marcando Formiga o seu primeiro ponto. A seguir, nova avançada do quadro local do campo do Floresta, fazendo Araken, de longe, o segundo ponto. Na segunda parte, Fried aproveita uma oportunidade e consegue o terceiro ponto do quadro local, terminando a partida com a vantagem favorável ao São Paulo por três pontos a zero".

Correio Paulistano - 10 de março de 1930.

Revista Lance! Série Grandes Clubes (1999)

Alguns comentários:

Curiosamente o clube que enfrentou o Paulistano em seu último jogo, o Antarctica Futebol Clube, também possui alguma relação com o Tricolor - ver Fusões e Associações - pois o clube se uniu ao Sport Club Internacional, da capital, resultando no Clube Atlético Paulista, que por sua vez se fundiu ao Clube Atlético Estudantes de São Paulo, tornando-se Clube Atlético Estudantes Paulista - aquele que foi absorvido pelo São Paulo Futebol Clube em 1938... Enfim, foi desse clube que se herdou o Estádio Antônio Alonso, na Moóca, mais conhecido como Antarctica Paulista, utilizado oficialmente de 1938 à 1940, ano da inauguração do Pacaembu.

E o jornal Diário de São Paulo era corneteiro, hein? O Paulistano encerrou suas atividades futebolísticas como Campeão Paulista de 1929, pela LAF, e atuava de maneira "medíocre", de acordo com o noticiário. Imagina se jogasse bem...

Reparem também nas escalações do Paulistano e do São Paulo. Sete jogadores do clube do Jardim Paulista aparecem no onze inicial Tricolor em 1930. Mas os demais também fizeram parte do elenco são-paulino daquele ano - ver Plantel de 1930.

Já o jogo citado como o primeiro do novo clube, de fato foi a primeira aparição ao público do São Paulo, todavia, não foi seu primeiro jogo oficial. Essa partida valeu pelo Torneio Início do Campeonato Paulista - como se sabe, as partidas desse tipo de torneio eram compostas de 2 tempos de 20 minutos. O primeiro jogo, oficialmente, foi contra o mesmo Clube Atlético Ypiranga, dessa vez pelo Paulistão, e o resultado foi 0 x 0.


quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Reportagem sobre a Ordem da Moeda

São Paulo Notícias #75, dezembro de 1993.

A Ordem da Moeda, como apresentado no texto acima, é uma comenda especial destinada aos grandes heróis são-paulinos. Desconheço a lista de apreciados por ela - por enquanto. Mas já vale a citação aqui dessa honraria.

Mais detalhes sobre a história da "Moeda que caiu de pé" você pode encontrar nesse link.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Tricolor Santista


Tricolor Santista Futebol Clube

Enviado por Marco Antônio "Markiuss".

A 7 de julho de 1949, foi fundado o TRICOLOR SANTISTA FUTEBOL CLUBE (sem dúvidas era uma homenagem ao São paulo futebol clube - visto o sucesso do original na década de 40 do Campeonato Paulista), tendo contribuído para o seu aparecimento no cenário esportivo da terra de Brás Cubas, os senhores: Carlos Ribeiro, Nelson Ribeiro, Raimundo Lana, João Gonçalves Alexandre, Orlando Lopes da Silva, Nelson Valente Simões, Antonio Hipólito Jesus, Luiz Carvalho, João Barizane Cordeiro, Roberto Ferreira dos Santos e outros, considerados os naturais fundadores da agremiação.

Era filiado à Liga de Futebol Amador de Santos e à Federação Paulista de Futebol, não participando, contudo, dos jogos de campeonato. Jogava amistosamente.

Em 1945, disputou o Campeonato Varzeano e conquistou o título de Campeão do Torneio Início desse mesmo campeonato.

Diretoria: Presidente de Honra, José Monteiro Pena Jr.; Presidente, Mario R. Nunes; Vice-Presidente, Orlando Marques de Oliveira; Secretário Geral, Aristides de Souza Gonçalves; 1º Secretário, Claudio R. de Oliveira; 1º Tesoureiro, Francisco Loureiro Serra; 2º Tesoureiro, José Perez Romai; Diretor Esportivo, Mario Esteves; 2º Diretor Esportivo, Claudino R. Filho; Diretor Social, José Afonso de Souza. Conselho: Presidente, José Carlos da Silva.

Galeria de Fotos:


terça-feira, 28 de outubro de 2008

Caroline Bittencourt


Caroline Bittencourt em ensaio fotográfico para a Revista do São Paulo Futebol Clube, Panini, em Outubro de 2007.

O Rei de Roma na reserva

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Revista Placar Especial 25 anos (1995).

Remoendo a reserva, rapidamente o Rei de Roma resolveu retirar-se dos relvados.

Hehe, brincadeiras à parte. Falcão somente jogou 15 jogos pelo Tricolor e marcou apenas 1 gol. Ele fora contratado por um "pool" de empresários no segundo semestre de 1985. O investimento valeu a conquista do campeonato paulista daquele ano. No começo de 1986, em amistosos contra o Fluminense, Falcão se aposentou.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Cai-cai em SanSão

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Aqui uma coletânea de registros sobre o fatídico dia em que o Santos de Pelé preferiu fazer "cai-cai" frente ao Tricolor em goleada exemplar.

Como entrada:

A goleada em cima do Santos de Pelé em 1963

Revista Lance! Especial: Série Grandes Clube - São Paulo (1999).

Entre tantos fracassos, uma vitória é lembrada com carinho pelos torcedores são-paulinos: a goleada sobre o Santos por 4 a 1 no dia 15 de agosto de 1963. O jogo ficou conhecido [como] a partida do "cai-cai" santista.

A confusão toda começou aos 40 minutos do primeiro tempo. O São Paulo vencia por 2 a 1 e o juiz Armando Marques validou o terceiro gol tricolor, feito por Sabino. Pelé e Coutinho foram reclamar e acabaram expulsos pelo árbitro da partida. O jogo ficou paralisado por alguns minutos. No segundo tempo, Pagão, ex-atacante do Santos, marcou o quarto gol. Outros três jogadores deixaram o campo alegando contusão: Aparecido, Pepe e Dorval. Como o Santos tinha apenas seis jogadores em campo, um a menos que o mínimo permitido, não restou nada a Armando Marques, a não ser decretar o final da partida e a vitória são-paulina.

O grande destaque da partida foi o atacante Pagão.

- Eu sabia que ele era bom no Santos, mas o Pagão provou ser melhor do que eu esperava jogando ao lado dele - disse anos depois Roberto Dias, zagueiro e volante e um dos maiores nomes do São Paulo em todos os tempos. - Foi um dia inesquecível. Nós pedíamos para o Santos parar com o cai-cai e voltar ao campo e jogar bola, mas eles não queriam nem saber e fugiram da partida - recorda-se Dias, deliciado.

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Como prato principal:

O dia em que o Tricolor enxotou o todo-poderoso Santos de campo

Livro Dentre os Grandes, És o Primeiro; de Conrado Giacomini (2005).

[...] A expectativa era de goleada. Para os santistas. Afinal, era o auge do time do Rei Pelé: a este altura, agosto de 1963, eles eram os atuais tricampeões paulistas, bicampeões da Taça Brasil, campeões do Torneio Rio-São Paulo, da Libertadores da América e do Mundial Interclubes. Como se tudo isso fosse pouco, a lembrança do último jogo entre Santos e São Paulo estava bem viva na memória de jogadores e torcedores de ambos os times. Pelo Rio-São Paulo, cinco meses antes, o alvinegro praiano arrasou o tricolor paulista por 6 x 2, a maior goleada que o Peixe nos impôs em toda a história do clássico. O jogo estava previsto para o Pacaembu, numa quinta-feira à tarde. A data e o horário, incomuns para um clássico dessa proporção, não afugentou o público. Pelo contrário. Sessenta mil pagantes se acotovelaram no estádio municipal para presenciar o espetáculo. Os santistas, confiantes, queredo uma goleada ainda maior. Os são-paulinos, temerosos, esperando que o time pelos menos honrasse a camisa, independentemente do placar final, foram para a batalha.

Aos 5 minutos, Faustino recebe de Cecílio Martinez, penetra da direita para o meio, passa por dois zagueiros, se aproxima da entrada da área e chuta rasteiro, no canto de Gilmar, uma pintura: 1 x 0 São Paulo. Aos 21, após cruzamento de Dorval, Pelé sobe mais alto que a zaga e empata de cabeça, 1 x 1. O jogo fica equilibrado até os 37 minutos, quando Pagão inicia uma linda e envolvente tabela com Benê, que, livre diante do goleiro, toca para as redes, 2 x 1. Três minutos depois, Sabino recebe passe de Martinez e finaliza, 3 x 1. Começa a confusão: é que o árbitro Armando Marques havia validado o gol do São Paulo mesmo com o bandeirinha tendo assinalado impedimento. Os santistas o cercam e protestam contra a validação do gol. Até aí tudo bem. Só que Coutinho, não satisfeito em reclamar, provoca Armando, insinuando uma suposta homossexualidade do apitador (satisfeito, florzinha?, que teria dito o inseparável consorte de Pelé). É expulso de campo. Em seguida, é a vez de Pelé, inconformado, desacatar o juiz com vários impropérios. O Rei também vai para o chuveiro mais cedo. O jogo fica paralisado por alguns minutos antes de Armando encerrar o primeiro tempo.

Com a vantagem de 3 x 1 no marcador, 11 contra 9 em campo e com mais 45 minutos de tempo pela frente, a chance de o São Paulo aplicar uma estrondosa goleada no Santos era enorme. Não uma sova qualquer, de 5 ou 6 x 1, mas um massacre de 8 ou 9, que poderia virar manchete no mundo todo, justamente no momento em que o Peixe começava a se destacar internacionalmente. Seria um escândalo! No intervalo, nas arquibancadas e sociais do Pacaembu, o comentário geral era de que o Santos não voltaria para o segundo tempo, com receio do vexame que certamente viria. Ainda no entreato, o médico do Santos, Nélson Consetino, confidenciou ao nosso treinador, Osvaldo Brandão, que o jogo não iria acabar porque o Santos melaria a partida.

Apreensão entre os torcedores: o Santos retornaria a campo ou não? Sim, eles voltaram, porém com oito, e não nove jogadores, pois o lateral Aparecido, que tinha estreado naquela noite, misteriosamente contundiu-se no vestiário (?!), e naquela época não eram permitidas substituições. O jogo recomeçou, mas a farsa já estava montada. Aos três minutos, Pepe, depois de uma trivial trombada com Bellini, se joga ao chão, mortalmente ferido. A fuga ia se caracterizando. Aos 7, Dias domina uma bola pela direita, vê Pagão correndo pelo meio e dá um magistral lançamento; Pagão recebe e aponta contra as redes, 4 x 1. Agora não tinha jeito, era o indecente cai-cai ou a derrota estratosférica! Na saída, Dorval vai ao solo após dar um chute e não mais levanta. Com seis jogadores em campo, a partida não poderia prosseguir, pois o Santos não tinha o número mínimo de jogadores em campo (sete). Os jogadores são-paulinos até que tentaram convencer os santistas a parar com o cai-cai e voltar para o campo, mas não houve jeito. Eles não queriam saber e optaram pela fácil e humilhante solução de fugir.

O Santos foi bem-sucedido no seu intento, não levaram a estrepitante surra que tanto temiam. Escolheram pela perda da dignidade, e isso custou caro: quatro dias depois, Pelé, pela primeira e única vez na sua carreira, anunciou, abatido, que estava pensando seriamente em deixar o País, e que qualquer proposta do exterior seria avaliada. Os santistas ficaram tão abalados com a derrota que terminaram o Paulistão na modesta terceira colocação, oito pontos atrás do seu algoz tricolor. Mais importante que o vice-campeonato, só o fato de o são-paulino dizer até hoje, com orgulho, que um dia, o todo-poderoso time do "Rei do Futebol" fugiu de campo com medo do São Paulo.

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Como sobremesa:

Eu nunca disse isso, Pelé...

Revista Oficial do São Paulo FC, nº 108 (2001).

[...] Aos 40 minutos do primeiro tempo, Cecílio Martinez assinalou o terceiro gol tricolor. Pelé e Coutinho, inconformados, desacataram o árbitro e foram expulsos, primeiro Coutinho depois Pelé. Bem que Bellini tentou segurar Pelé após a expulsão de Coutinho. Amigos e companheiros de Seleção Brasileira, Bellini exclamou:

- Não vai lá que o homem te expulsa também. Ele é louco!

Pelé foi e ouviu a frase peculiar do juiz para aqueles momentos:

- O Senhor está expulso! Por favor, retire-se.

No intervalo, o comentário geral era de que o Santos não voltaria para o segundo tempo, com receio de uma goleada histórica que poderia repercutir até no exterior, onde seu time começava a ser conhecido. Mas voltou, só que sem o quarto-zagueiro Aparecido. Naquela época, não havia substituição durante o jogo e a explicação foi a de que Aparecido se machucara. Logo no início do segundo tempo, Pepe, sozinho, caiu inexplicavelmente em campo e saiu de maca. A fuga se caracterizando, mas não antes de Pagão fazer o quarto gol. Aí quem caiu foi Dorval. Com seis jogadores santistas em campo a partida não poderia continuar. Só por isso a goleada não foi maior. No vestiário, após o fim do cai-cai, uma rádio colocou o fone de ouvido em Bellini e em Pelé.

Ainda revoltado, Pelé desafiou o zagueiro são-paulino:

- Quero ver você repetir que o Armando é louco.

Bellini, sem arrependimentos:

- Eu nunca disse isso, Pelé...


domingo, 26 de outubro de 2008

Novo sistema de comentários

Ou bem, não sei se na verdade é tão novo assim. Talvez só agora é que reparei que poderia inserir o modo incorporado de postagem de comentários. Fica igual wordpress agora. Enfim, só um aviso.

Acho que o antigo sistema do blog desistimulava postagens.
Não que com isso o número vá crescer exponencialmente... (hehe)
Mas já é uma facilidade a mais.

Ah, readicionei também um link claro de assinatura de feed, tanto para o blog quanto para os comentários. Está lá embaixo, a direita.

É isso, boa noite hehe.

Dicas de Rogério Ceni

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Do Tabelão da Revista Placar (21/03/98 - 14/04/98)

Olha, e isso quando só tinha seis gols. Depois de quase 50 gols de falta, acho que jogadores devem prestar mais atenção para essas dicas.

sábado, 25 de outubro de 2008

Wanda dos Santos

Wanda dos Santos, paulistana nascida em 1932, foi e ainda é um dos maiores expoentes do atletismo Tricolor. Sua carreira teve início nas pistas do Colégio e do Clube Atlético Ypiranga, em 1943. Passou também pelo Palmeiras até chegar no São Paulo Futebol Clube em 1947, fazendo parte do elenco treinado pelo famoso alemão Dietrich Gerner (técnico de Adhemar Ferreira da Silva e outros), fato que lhe proporcionou a chance de obter inúmeras conquistas e honras, tais quais:

Bi-campeã Mundial dos 80m com barreiras.
Bi-campeã dos Jogos Ibero-Americanos

Prata nos 80 metros com barreira (11.5s) no Panamericano de 1959 em Chicago.
Bronze nos 80 metros com barreira (11.8s) no Panamericano de 1955 na Cid. do México.
Bronze nos 80 metros com barreira (11.5s) no Panamericano de 1963 em São Paulo.
Bronze no Salto em distância (5.18m) no Panamericano de 1951 em Buenos Aires.

Participou dos Jogos Olímpicos de Helsinque, Finlândia, em 1952.
Participou dos Jogos Olímpicos de Roma, Itália, em 1960.

Detém o recorde mundial dos 300 metros com barreira (prova atualmente descontinuada) com a marca de 55s04.

Wanda dos Santos, ainda hoje, mesmo com 76 anos, é atleta do SPFC e disputa competições de veteranos, além de promover eventos sociais e esportivos para a terceira idade e também dar aulas no ensino fundamental para crianças do Colégio Santa Helena na Vila Gumercindo.

No Troféu Brasil de Atletismo de Veteranos, em 2003, conquistou quatro medalhas de ouro em sua categoria: Salto em distância, Triplo com 6,96m, Altura com 1,05m, novo recorde brasileiro, e Lançamento do disco com 18,56m, também novo recorde brasileiro.

Mais recentemente, no último mês de junho, participou do Torneio de Veteranos da Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais, e ganhou Bronze no Triatlo de Saltos e Ouros nos 100 metros, 200 metros e no Salto Triplo.

Por fim, cabe lembrar que Wanda teve que superar duas grandes barreiras, além das esportivas. Como mulher e como negra sofreu diversos preconceitos, principalmente nos Jogos Olímpicos de Helsinque, em 1952, onde as demais competidoras, ainda que cordiais, se recusavam ficar próximas ou mesmo tocar na atleta brasileira.

Abaixo, uma bela homenagem do Esporte Espetacular para a atleta:


sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Cafu e as peneiras

A Revista PLACAR em 1995 comemorava 25 anos de existência. Lançou então uma revista especial contando as principais notícias por ela reportadas durante todo esse período. Mais que isso, fez também uma homenagem a Cafu, nascido no mesmo ano em que a revista estreou.

As matérias eram apresentadas ano por ano e justapostas à uma história lateral que contava passo à passo o desenvolver da vida e da carreira do obstinado jogador marcado pelo destino - e olha que ainda não era o capitão que ergueu a taça de campeão do mundo em 2002.

Transcreverei abaixo alguns anos, os mais marcantes em minha opinião:

1985

Cafu estava na marca do pênalti. Tinha atingido 15 anos, a idade em que a maioria dos garotos pobres começa a trabalhar para ajudar no orçamento da casa. Os irmãos mais velhos já davam duro. Marcelo era envernizador de móveis e Maurício trabalhava de entregador da Pão Pullman. Os amigos diziam que ele deveria tentar um emprego de office-boy. Não foi o que Cafu fez. Pôs as chuteiras debaixo do braço e decidiu tentar a sorte num grande clube. Fez nove peneiras e acabou dispensado das nove.

Começou no time do coração, o São Paulo. Levou um cartão de recomendação de Pedro Rocha e jogou quinze minutos pela ponta-direita. O treinador Firmo de Mello, responsável pelo quadro infantil, olhou, olhou e sentenciou: "Você é bom, mas aqui só tem jogador de seleção". Cafu insistiu uma segunda vez, agora escoltado pessoalmente por Rocha. Treinou 20 minutos e, de novo, viu o dedo do treinador balançar feito limpador de pára-brisa. "Fiquei mordido", conta ele. "Voltei mais uma vez". Firmo encarou o garoto: "Não te conheço de algum lugar"? Conhecia. O ano terminou com cafu cada vez mais longe dos gramados.

1986

Cafu estava parecendo farinha. Passava pelas peneiras e não parava em nenhuma. Cara de pau, ele chegou a insistir uma vez mais com o São Paulo. "Você de novo!", recepcionou o velho conhecido Firmo de Mello, agora treinador do juvenil. "Oi e tchau". Já que não o queriam no São Paulo, o jeito era tentar outro time. Com um cartão de recomendação de Ivair, o Príncipe, estrela da Portuguesa nos anos 60 e professor da escolinha Crack. Cafu rumou numa segunda-feira para a peneira do Canindé. Só que passou a tarde toda esperando a oportunidade no alambrado. Voltou terça, quarta, quinta e sexta. Mandaram tentar na semana seguinte. Não é que ele voltou mesmo! Depois de um rápido bate-bola, adivinhe, ele acabou dispensado.

A história se repetiu no Palmeiras, Corinthians e Atlético Mineiro. Cafu já pensava em desistir quando recebeu um recado de Wanderley, ex-professor da Crack [onde ele jogava]. O amigo estava treinando o Nacional, um time da divisão intermediária da capital paulista, e tinha arrumado uma vaga para ele no juvenil. Cafu nem precisou fazer teste. Virou titular de cara.

1987

O azar perseguia Cafu naquela época. Adivinhe quem era seria o seu treinador no Nacional? Pichu, o mesmo homem que o havia barrado na peneira da Portuguesa. "Ele me olhava, olhava e não reconhecia", lembra Cafu. No começo, até deu para virar titular. Mas só no começo. Era o efeito Pichu de novo. "Cafu tinha um potencial excelente", elogia hoje o treinador. "Mas ele não repetia nas partidas 1% do que fazia nos treinos". Este foi o argumento usado para tirar o jogador do time - e do clube. Passados os anos e diante do atual sucesso do ex-dispensado, Pichu apresenta uma justificativa curiosa. "Ao mandá-lo embora, mexi com seus brios. Por isso ele cresceu muito", explica.

Na época restou a Cafu vestir a camisa do Guarani do Jardim Irene. Logo sua fama se espalhou pela zona sul de São Paulo. "Falaram de um garoto magrinho que jogava um bolão. Fui assistir a três jogos e vi que Cafu era um talento", conta João Alemão, técnico que reivindica a descoberta do craque. Alemão não perdeu tempo e levou a jovem promessa para o seu time, o Itaquaquecetuba, da terceira divisão do futebol paulista. Como lá existiam outros dois Marcos (o verdadeiro nome de Cafu, lembra?), era preciso rebatizar aquele rapaz. Primeiro, virou Cafuringa, por ser tão rápido quanto o ponta do Fluminense, das décadas de 60 e 70. Cafuringa virou Cafu e, em pouco tempo, o azar começou a largar o pé do menino.

1988 e 1989

(páginas perdidas - se alguém puder ajudar, contribuindo para preencher essa lacuna, serei muitíssimo grato)

1990

De lateral improvisado, Cafu logo passou a titular absoluto na posição. Só saía de lá para justificar a fama de jogador com mil e uma utilidades. Atuou na defesa, meio-campo e ataque, tornando-se um dos craques mais versáteis do futebol brasileiro e entrando para a história do São Paulo. Em seis anos com a camisa tricolor, Cafu conquistou um título brasileiro (1991), dois paulistas (1991/92), duas Libertadores (1992/93), duas Recopas Sul-Americanas (1992/93 sic: 93/94) e uma Supercopa (1993), sem falar em duas Bolas de Prata como o melhor lateral-direito em 1992 e 1993. Não é à toa que acabou escalado numa enquete promovita por PLACAR para o melhor time do São Paulo em todos os tempos, ao lado de craques como Gérson, Leônidas da Silva, Pedro Rocha e Canhoteiro.


quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Estão precisando atualizar a Taça Libertadores

Foto por Luca S. M.

Foto do suporte da Taça Libertadores da América que, curiosamente, teve suas plaquetas reajustadas para que as em memória dos títulos tricolores aparecessem em sequência (e já, à época - 2005 -, com o novo distintivo do clube, pois em 92 e 93 não haviam as estrelas).

Pois é, enfim, está na hora de reatualizar isso aê! hehe.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Do que mais você tem orgulho no SPFC?

Resultado final da enquete realizada até outubro de 2008:

Dos títulos 82 (49%)
Da história 51 (30%)
Dos ídolos 11 (6%)
Da administração 11 (6%)
Do patrimônio 11 (6%)

Total de votos: 166.

Um resultado expressivo dos títulos - mas iria para segundo turno, fosse eleição, hehe.

A Próxima enquete já no ar (e permanecerá por três meses).

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Por Justiça

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Em 1999, após o caso Sandro Hiroshi, o São Paulo entrou em campo com uma camiseta preta por sobre sua principal em repúdio a decisão do STJD que lhe retirou os pontos dos jogos contra Botafogo (6x1 - 04/08/99) e Internacional (2x2 - 10/10/99) pelo campeonato brasileiro.

O caso foi contra o Vitória:

10.11.1999 Campeonato Brasileiro de 1999.
Salvador (BA) Estádio Manoel Barradas - Barradão.
Esporte Clube VITÓRIA (BA) 0 X 3 SÃO PAULO Futebol Clube (SP).

Rogério Ceni; Ânderson Lima, Wilson, Nem e Fábio Aurélio; Edmílson, Jorginho (Sidney), Vágner e Raí (Souza); França e Marcelinho Paraíba (Edu).

Técnico: Paulo César Carpegiani.
Gols: Raí, Marcelinho Paraíba e Jorginho.
Árbitro: Luciano Augusto Teotônio Almeida.
Não houve jogador do SPFC expulso nessa partida.
Renda: R$ 257.801,00.
Público: 28.266 pessoas.

domingo, 19 de outubro de 2008

Hernanes, el Pirlo brasileño

LA NUEVA PERLA DE LA CANTERA PAULISTA

Talento, liderazgo, polivalencia... A sus 23 años, Anderson Hernanes enamora por su juego y su gran proyección. Guardiola no ha perdido detalle de ello.

por Joaquim Piera para o Diario Sport.es

Hernanes es un jugador que gusta mucho a los técnicos del Barça
* Edmílson: "Hernanes me recuerda a Deco"
* La profesionalidad de Hernanes recuerda a la de Kaká

A Guardiola le encanta Andrea Pirlo. Tanto que los más allegados al técnico de Santpedor aseguran que el medio del AC Milan le tiene el corazón robado desde que debutó con la camiseta ‘rossonera’ en 2001. Tal vez porque al verle llevar la manija con tanta elegancia le evocase a lo que el mismo Pep hacía un lustro antes.

A tenor de la admiración que el nuevo entrenador blaugrana siente por el centrocampista italiano, es absolutamente lógico que la secretaría técnica esté atrás del brasileño Anderson Hernanes, del Sao Paulo FC. Cuando ése explotó la temporada pasada, la prensa brasileña, admirada por su liderazgo natural, no dudó en compararlo con el internacional italiano. El elogió agradó y mucho al propio Hernanes.

Es por todo ello que el Bar-ça se ha lanzado de lleno a la caza y captura de la nueva perla paulista. La directiva blaugrana ya ha ofrecido 12 millones de euros al Sao Paulo por el futbolista, aunque el club brasileño pide 25 millones por un jugador al que se le augura un futuro muy prometedor.
A sus 23 años, el brasileño puede ser encuadrado en la escuela de los ‘4’ capaces de sacar el balón desde atrás con mucha calidad, jugando fácil, al primer toque, con una sencillez desequilibrante. Es del tipo de jugador que, despojado de estrellismo, pone todo su talento al servicio del equipo. Dirige al equipo desde atrás abrazado a los conceptos del fútbol fácil y eficiente. En 2007, se consagró en el Sao Paulo con esta función, siendo elegido el mejor volante del Brasileirao tanto por la CBF como por la prestigiosa revista Placar.

Pero Hernanes es mucho más que un ‘4’ creativo. Para empezar es un futbolista completo, tácticamente obediente – lo que no es habitual en Brasil - y muy equilibrado: crea pero muestra una gran capacidad defensiva. Actuando en el doble pivote, desempeña sus responsabilidades destructivas con eficiencia y elegancia, sin apelar a la violencia. Eso explicaría que sólo viese 2 tarjetas amarillas en el último Campeonato Paulista y 11 durante la temporada 2007.

Es también un jugador de recorrido, que, a pesar de actuar inmediatamente delante de la defensa, se incorpora al ataque con asiduidad desde la segunda línea. Es en estas transiciones, que muestra uno de sus mejores recursos: el potentísimo lanzamiento de larga distancia. En el último encuentro antes de concentrarse con la seleçao, maravilló con un golazo que abrió la goleada del Sao Paulo (5-0) ante el At. Mineiro. Hernanes es el encargado de ejecutar las faltas más alejadas de su equipo, las del borde del área todavía son propiedad del portero-goleador, Rogerio Ceni.

Su polivalencia abre un grandísimo abanico de posibilidades tácticas. Precisamente su versatilidad, que es su punto fuerte, estuvo a punto de convertirlo en aquel tipo de jugador comodín, fijo en todas las alineaciones, pero que su propio rendimiento puede verse comprometido de tanto dar vueltas como un veleta (una situación pareja, por ejemplo, a la que vivió la última temporada Andrés Iniesta). Fue el técnico del Sao Paulo Muricy Ramalho quien lo asentó, dándole la alternativa en la posición que le ha abierto las puertas de la ‘canarinha’ y le ha dado la posibilidad de ir a un grande de Europa.

Cuando debutó en el Sao Paulo, lo hizo de lateral izquierdo. A parte del doble pivote, se le ha visto en los dos laterales, como interior zurdo y diestro.

Su polivalencia tiene su razón de ser en depuradísima técnica individual. Su dominio ambidiestro es tan perfecto, que muchas veces, equivocadamente, lo catalogan como zurdo. Esto hace que su rendimiento sea el mismo independientemente de si actué en la derecha o izquierda. En el fútbol brasileño, caracterizado siempre por la excelencia técnica, sus fundamentos, que están muy por encima de la media, llaman poderosamente la atención. Uno ejemplo de eso, ocurrió en su etapa de juvenil cuando llegó a marcar 2 goles de faltas en un mismo partido, una con el pie derecho y otro con el izquierdo.

Hernanes ya es un futbolista de presente, pero todavía tiene capacidad de crecimiento. En Brasil, suspiran que Dunga le de la titularidad en la seleçao. De momento, ya es seguro que irá a los JJ.OO. de Pekín. Si alguien sabe de ‘4’, este es Pep, su llegada al Barça seguro que lo haría crecer hasta las cotas que todo el mundo está convencido de que va alcanzar.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Álbum do 45º Camp. Interno de Futebol Social

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São Paulo lança mais uma edição do álbum de figurinhas
Sucesso entre a garotada, o álbum "Os Craques do Futebol Social do São Paulo FC" será apresentado no dia 18

Do site oficial.

O São Paulo FC lança, no dia 18 de outubro, às 10 horas, no campo social 2, mais uma edição do álbum de figurinhas "OS CRAQUES DO FUTEBOL SOCIAL DO SÃO PAULO FC" com associados que atuam nas categorias Fralda, Mirim, Pré-Mirim, Infantil e Infanto do 45º Campeonato Interno de Futebol Social.

Com o apoio da Panini e da Reebok, o álbum é um sucesso entre a garotada que disputa o tradicional torneio de futebol do clube considerado um celeiro de grandes promessas.

Os álbuns serão distribuídos na secretaria do Futebol Social e os envelopes com cromos poderão ser encontrados na Megaloja do Estádio.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Arbitragem Feminina

Não sabia? a primeira vez em que o Campeonato Brasileiro contou com um trio, ou melhor, quarteto de arbitragem completamente composto por mulheres foi em um jogo do São Paulo.

29.06.2003 Campeonato Brasileiro 2003
Campinas (SP) Brinco de Ouro da Princesa
Guarani Futebol Clube (SP) 0 X 1 São Paulo Futebol Clube (SP)

Rogério Ceni; Julio Santos, Jean e Gustavo Nery; Leonardo Moura, Carlos Alberto, Adriano, Fábio Simplício, Ricardinho (Julio Baptista) e Jorginho Paulista (Régis); Rico (Kléber).

Técnico: Roberto Rojas.
Gol: Fábio Simplício.
Árbitro: Sílvia Regina de Oliveira Carvalho.
Não houve jogador do SPFC expulso nessa partida.
Renda: R$ 132.418,00.
Público: 11.697 pessoas.

Além da árbitro Silvia Regina, fizeram parte as auxiliares Ana Paula de Oliveira e Aline Lambert com Paula Teófilo de la Vega na função de quarto-árbitro.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Escola de Base Vicente Feola

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Reportagem da Revista São Paulo Notícias, nº 81, de 1997, sobre o então centro de formação de atletas do SPFC, sua categoria de base.

A Escola Vicente Feola funcionava no Estádio do Morumbi. A bem da verdade, não sei se ainda está ativa - após a construção do CFA de Cotia. Procurarei mais detalhes sobre...

O Centro de Treinamento do Guarapiranga, citado no texto, foi concluído (devido a absorção do departamento de futebol do Estrela da Saúde Futebol Clube, clube tradicional da região da represa) mas hoje em dia serve somente para o futebol social (dos sócios do clube) - já fora usado para o futebol feminino também.

Torcedora: Jéssica Esteves


Grandes Taças