SÃO PAULO FUTEBOL CLUBE

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Apelidos: O Mais Querido, Clube da Fé, SPFC, Tricolor Paulista.
Esquadrão de Aço (30-35), Tigres da Floresta (30-35), Rolo Compressor (38-39, 43-49), Tricolor do Canindé (44-56), Rei da Brasilidade (50-60), Tricolor do Morumbi (60-), Máquina Tricolor (80/81), Tricolaço (80/81), Menudos do Morumbi (85-89), Máquina Mortífera (92/93), Expressinho Tricolor (94), Time de Guerreiros (2005), Soberano (2008), Jason (08-09), Exército da Salvação (2017), O Mais Popular (2023), Campeão de Tudo (2024).
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quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Adeus, Chicão

Luto. A palavra é mais que necessária e só ela representa o que o torcedor tricolor sente. Deixo aqui algumas histórias e as notas de seu falecimento.

Minelli, senta!

Um velho causo...

Dento de campo, Chicão sempre foi um "leão". Fora, uma pessoa afável, amiga, atributos que levaram, em 77, o técnico recém-contratado Rubens Minelli a dar-lhe a braçadeira de capitão da equipe.

Minelli, perfeccionista como sempre, gritava:

- Chicão, vai para lá!
- Chicão, fica na posição!.
- Chicão, corre!
- Chicão, marca!

Na época, Chicão ganhou um cachorro da raça Fila, que seria tão destemido quanto seu dono.

Então, o nosso volante pensou num modo de brincar, homenagear e gozar o seu técnico.

Colocou no cachorro o nome de Minelli. Dai em diante, era só:

- Minelli, senta!
- Minelli, levanta!
- Minelli, corre!
- Minelli, vem cá...


Ei-lo: Chicão
por César Matos

Existe algum jogador que tenha recebido cartão amarelo antes de uma partida começar? A resposta é sim. E o autor da façanha é Francisco Jesuíno Avanzi, o famoso Chicão, ex-volante da Ponte Preta, São Paulo, Atlético Mineiro, Santos e Seleção Brasileira.

Conhecido por ser um jogador de estilo raçudo e brigador, Chicão também era um líder em campo e mostrava personalidade também nos momentos em que questionava os árbitros. "Foi justamente por isso que recebi um cartão antes de um jogo entre São Paulo e Palmeiras começar, em 1976. Eu cheguei próximo do José de Assis de Aragão e disse a ele: vê se apita direito essa porcaria. O Aragão não teve dúvida e me deu o amarelo antes do começo do jogo", lembra o ex-volante, que hoje mora em Avaré (SP) e recentemente dirigiu o Montenegro, uma equipe jovem (fundada no final dos anos 90), que disputa a Série B-3 do Paulistão.

Paulista de Piracicaba (SP), Chicão ingressou na equipe profissional do no XV de Piracicaba (SP), o popular "Nhô Quim", em 1968. "Na época, o Cilinho, que era o técnico, viu três treinos meus nos juvenis do XV, gostou e me levou para a equipe profissional", conta o ex-volante que, antes de completar 20 anos, chegou a ser emprestado para o União Barbarense (SP), antes de se transferir para a Ponte Preta.

Na Macaca, Chicão, mais uma vez comandado pelo treinador Cilinho, destacou-se e em 1973 teve seu passe negociado com o São Paulo. "Na época, a transação entre Ponte e São Paulo foi muito comentada. O Waldir Peres também foi para o São Paulo na mesma negociação."



Chicão na copa de 78
Histórias do Chicão

Da Comunidade Old School (texto aqui recuperado).

Estávamos na copa de 78 e nosso glorioso Chicão havia sido convocado pelo técnico Coutinho para ser reserva do Baptista do Inter. Quando a Copa começou a afunilar, caímos numa chave que tínhamos que jogar com a Argentina, país-sede da Copa. A pressão seria tremenda, pois aquela Copa já estava "encomendada" para ser dos donos da casa. Coutinho, que era bairrista (carioca), mas não era bobo, decidiu trocar Baptista por Chicão (por que será, heim?).

No dia da partida, todos estavam muito tensos, nervosos. O único "alheio" era o nosso representante tricolor. A fim de colocar os jogadores no clima, Coutinho mandou todos os jogadores entrarem em campo para o aquecimento e sentirem o clima do jogo. Todo mundo com cara de medo, menos o homem. Embaixo de muita vaia, a seleção brasileira adentrou ao gramado. Tudo que os gringos tinham nas mãos, voaram em cima dos jogadores (leia-se rolo de papel higiênico, moedas, rádios de pilha, chinelos, cuspe, urina, etc. E tem gente que hoje idolatra esses caras).

Ao voltar ao vestiário, todos muito apressados por motivo óbvio, Chicão voltou com um sorriso maroto no rosto e ao ser indagado se não estava com medo, respondeu: "Medo do que, cumpadi? Disso aí? Ocê tá louco... isso aí num é nada... lá em Piracicaba os caboclos jogavam tijolo na cabeça da gente, hehehe !!!!"

Na preleção, Coutinho mandou Chicão marcar e tomar cuidado com o Luke (atacante cabeludo argentino). Chicão perguntou: qual deles é ele? ... e, ao ser informado, falou: Xá comigo!!...

Começa a partida e na primeira jogada que o Luke vai pra bola, lá vem o Chicão na corrida. O gringo tenta dribla-lo na corrida e lá vai bola, Luke e tudo mais lá pra cima das placas do patrocinador... O gringo olhou para o Chicão que tava bufando na beirada do campo e percebendo sua feição de louco, evitou encara-lo. Não teve segunda dividida. Luke mudou de lado do campo e literalmente andou o jogo todo. Afinou legal!!! Com aquele setor liberado, Chicão não perdeu tempo em dar um trato em outros “hermanos”... Passarella, Kempes, etc.. todos tomando corrediço do nosso heroi...

O jogo terminou empatado e o Chicão foi considerado o melhor jogador em campo. Ganhou o apelido de Sheriff de Rosário e o respeito até dos adversários. Terminamos invictos aquela Copa e com título de "campeão moral", pois não perdemos para ninguém. Os gringos ganharam graças a uma palhaçada do Zveiter da época e do time do Peru que abriu as pernas para o time argentino.



Chicão está na memória da Matrix*

por Luciana

Há algum tempo atrás, e na minha opinião na melhor época da nossa antiga comunidade, o Andrej escolheu um perfil pra ser o moderador geral da comunidade.

E não podia ser outro, tinha que ser ele, o deus da raça Chicão. A comunidade tinha ficado umas semanas sem moderar, estava aquela zona. E entrou o Chicão em ação, e era com ele que a moderação chegava duro e forte, dividia todas.

Triste coincidência, no ano em que a Matrix foi pro espaço, o Chicão vai pro time do céu. Mas feliz coincidência que, na melhor época da comunidade, o deus da raça esteve presente diariamente, em uma merecida homenagem.

Chicão está entre meus maiores ídolos, e hoje é um dia triste daqueles.

Chicão querido, geral está contigo. Vai em paz.

*Matriz é como era chamada a primeira comunidade do SPFC no Orkut.


Outros relatos e causos
Vários autores desconhecidos

Francisco Jesuíno Avanzi, o Chicão foi um volante que se destacou no SPFC. Chicão era um volante que se destacava mais por sua disposição do que pela técnica. Era considerado um jogador raçudo e viril e, ocasionalmente, até violento. Dizia-se que, "para ele, qualquer um que ameaçasse as vitórias são-paulinas era passível de punição". Dá orgulho saber que um jogador com esse amor pelo clube jogou pelo SPFC. Jogou no tricolor de 1973 a 1980, conquistando um brasileiro e um Paulista. Pela seleção, fazia parte do grupo que disputou a vergonhosa Copa de 78. Foi, é, e sempre será um exemplo de amor ao tricolor.

...

Foi nesta partida que Chicão teve sua atuação mais famosa pela Seleção. Coutinho pediu ao volante que impusesse seu jogo sem ser expulso. Ele se estranhou com o atacante argentino Mario Kempes logo no início do duelo, e, coincidência ou não, o artilheiro da equipe adversária teve fraco desempenho em toda a partida. "Os argentinos queriam fazer aquela catimba de sempre e não conseguiram. Eu cheguei arrepiando e eles se encolheram", lembrou ele, também em entrevista ao site de A Gazeta Esportiva. Mesmo com o pedido do treinador, Chicão não economizou na violência. Em um diálogo transcrito por A Gazeta Esportiva na edição de 5 de maio de 1985, o meio-campista deixou claro ao técnico Cláudio Coutinho que ia tomar conta dos adversários. “Se for preciso, eu mato um argentino”. No início do segundo tempo, levou um cartão amarelo, por uma entrada em Kempes. "A imagem que ficou foi a do implacável Chicão literalmente caminhando sobre Ardiles", escreveu a revista Placar um ano depois. Ganhou dos argentinos o apelido de "Matador".

...

Francisco Jesuíno Avanzi (Piracicaba, 30 de janeiro de 1949) foi um jogador do futebol brasileiro. Popularmente conhecido como Chicão, jogou na posição de volante. Na maior parte de sua carreira, atuou em times do futebol paulista, com exceção do Atlético-MG. Defendeu, ainda, a seleção brasileira, tendo sido convocado para a Copa do Mundo de 1978, na Argentina. Sua carreira começou no Esporte Clube XV de Novembro (Piracicaba), em 1968, e foi encerrada em 1986, no Mogi Mirim Esporte Clube (SP).

Chicão era um volante que se destacava mais por sua disposição do que pela técnica. Era considerado um jogador raçudo e viril e, ocasionalmente, até violento. Este foi, inclusive, um dos motivos para a sua convocação para o Mundial de seleções disputado na Argentina. O treinador queria contar com um jogador como ele para jogos mais tensos contra adversários que usassem a catimba. “Eu só havia atuado meio tempo contra o Peru e meio tempo contra a Áustria. Saí jogando contra a Argentina no lugar de Cerezo porque o Coutinho queria mais pegada”, conta o ex-jogador.

Foi nesta partida, aliás, que Chicão teve uma de suas atuações mais famosas pela seleção brasileira. Cláudio Coutinho, técnico do Brasil na ocasião, pediu ao volante que impusesse seu jogo sem ser expulso. “Os argentinos queriam fazer aquela catimba de sempre e não conseguiram. Eu cheguei arrepiando e eles se encolheram”, lembra o ex-volante. Até hoje ele é lembrado pelos argentinos por sua atuação no empate sem gols no duelo entre Brasil e Argentina.

Chicão nasceu na cidade de Piracicaba (SP) em 30/01/1949. Quando jovem, trabalhava numa fábrica de sua cidade natal como aprendiz de torneiro-mecânico, atividade que não o agradava. Preferia jogar futebol e acabou ingressando nas categorias de base do Esporte Clube XV de Novembro (Piracicaba), na qual chegou a ser campeão de torneios juvenis. Lá, foi descoberto pelo treinador Cilinho, o técnico da equipe profissional do clube piracicabano na época, que o chamou para treinar no time principal. Foi contratado em 1968, mas não conseguiu se tornar titular.

Ainda em 1968, o jogador foi emprestado para o União Agrícola Barbarense (atual União Barbarense Futebol Clube), de Santa Bárbara D´Oeste (SP), e se firmou como o principal jogador da equipe. De lá, transferiu-se para o Esporte Clube São Bento, de Sorocaba (SP), e depois foi para a Ponte Preta. No clube campineiro, jogou novamente em um time orientado por Cilinho, que o havia lançado no XV de Piracicaba, e se destacou novamente. Em 1973, foi negociado com o São Paulo Futebol Clube, time que defenderia por sete anos e no qual logo se tornou um dos grandes ídolos da torcida tricolor.

América, conseguindo o vice-campeonato. A derrota na final por 1x0 para o Independiente, da Argentina, chegou a ser classificada pelo próprio volante como a “maior decepção de sua vida”. Mesmo assim, seu estilo de jogo de sempre buscar a vitória e mostrar muita disposição fazia dele um ídolo para os são-paulinos.

Em 1975, conquistou seu primeiro título pelo São Paulo e também o da carreira ao vencer o Campeonato Paulista. A sua maior glória, no entanto, viria em 1977, quando ajudou o time do Morumbi a vencer seu primeiro Campeonato Brasileiro. Em 1978, foi convocado para a Copa do Mundo da Argentina, na qual conseguiu a terceira colocação.

Chicão permaneceu no São Paulo até 1980, tendo atuado em 331 jogos e marcado 12 gols. Foi para o Atlético-MG, onde conquistou dois Campeonatos Mineiros (1980 e 1981), e também foi ídolo da torcida do time de Minas Gerais. Nos anos seguintes, jogou ainda no Santos Futebol Clube, Corinthians de Presidente Prudente, Botafogo de Ribeirão Preto e Mogi Mirim Esporte Clube, clube em que encerrou sua carreira em 1986, aos 37 anos, após ajudá-lo a subir para a primeira divisão do Campeonato Paulista.

Quando se aposentou dos gramados, Chicão tentou a profissão de técnico. Começou no XV de Piracicaba e, em seguida, foi para o Independente de Limeira. Além disso, teve uma loja de material esportivo em sua cidade por seis anos. Em 2001, voltou a treinar um time de futebol, o Clube Atlético Montenegro, de Paranapanema (SP), atualmente licenciado da Federação Paulista de Futebol e que chegou à série B-3 sob seu comando.

* Em 1976, antes de um jogo São Paulo x Palmeiras, Chicão foi advertido com um cartão amarelo antes da partida começar. “Eu cheguei próximo do José de Assis de Aragão e disse a ele: vê se apita direito essa porcaria. O Aragão não teve dúvida e me deu o amarelo antes do começo do jogo", conta o ex-volante.

* Na Copa de 1978, no jogo entre Brasil e Argentina, Chicão se estranhou com o atacante argentino Mario Kempes logo no início do duelo. Coincidência ou não, o artilheiro da equipe adversária teve fraco desempenho em toda a partida.

* Chicão sofria de um problema crônico no nervo ciático. No entanto, sua determinação e raça não deixavam que isso o atrapalhasse quando jogava.

* Em 1980, quando se transferiu para o Atlético-MG, Chicão teve dificuldades para ser aceito por sua nova torcida. Isso porque ele estava no time do São Paulo que derrotou o mesmo clube na final do Campeonato Brasileiro de 1977. Naquele jogo, o volante são-paulino foi acusado de quebrar, propositalmente, a perna de Ângelo, do Atlético-MG. A partir daí, a torcida atleticana passou a xingá-lo e odiá-lo. Mesmo assim, foi contratado pela agremiação mineira, sagrando-se bicampeão estadual (1980/1981) e também se tornou um de seus ídolos.


Morre Chicão, o deus da raça do São Paulo

Ex-volante do Tricolor Paulista lutava contra um tumor no esôfago

LANCEPRESS!

O futebol brasileiro acordou mais triste. Morreu na madrugada desta quarta-feira, aos 59 anos, o ex-volante Chicão, que começou no XV de Piracicaba e se destacou no São Paulo, Santos, Atlético-MG e jogou pela Seleção Brasileira a Copa do Mundo de 1978. Chicão travava batalha contra um tumor no esôfago e havia sido operado recentemente para impedir o avanço da doença.

Conhecido por seu estilo determinado e aguerrido, que lhe valeu o apelido de deus da raça, Chicão chegou à Seleção jogando pelo Tricolor e participou do jogo contra a Argentina na Copa de 78, conhecido como a Batalha de Rosário.

Chicão atuou no São Paulo entre 1973 e 1979 e teve como parceiro Muricy Ramalho, hoje técnico do Tricolor Paulista. No clube, conquistou o título do Campeonato Paulista de 1975 e foi um dos principais líderes da equipe na conquista do primeiro Campeonato Brasileiro do Tricolor, em 1977. Nesse período, disputou 312 jogos no clube, vencendo 142, empatando 111 e perdendo 59. Marcou 19 vezes vestindo a camisa são-paulina.

O presidente Juvenal Juvêncio decretou luto oficial em decorrência da morte do ex-jogador são-paulino. Chicão será velado nesta quarta-feira na Câmara Municipal de Piracicaba, sua cidade natal. O enterro acontece na manhã de quinta-feira em um cemitério local.



Morre Chicão, ex-volante do São Paulo, vítima de câncer

Do UOL Esporte

A torcida do São Paulo perdeu nesta madrugada um dos principais ídolos de sua história. Morreu nesta quarta-feira, em São Paulo, o ex-jogador Francisco Jesuino Avanzi, mais conhecido como Chicão. Volante do clube na década de 1970, o ex-jogador foi vítima de câncer no esôfago aos 59 anos.

O presidente são-paulino Juvenal Juvêncio decretou luto oficial em decorrência da morte do ex-jogador do clube do Morumbi. "O deus da raça", como era chamado pelos torcedores, será velado nesta quarta-feira na Câmara Municipal de Piracicaba, sua cidade natal. O enterro acontece amanhã desta quinta-feira em um cemitério local.

Depois de passagem destacada pela Ponte Preta, Chicão atuou no São Paulo entre 1973 e 1979. No clube paulista conquistou o título do Campeonato Paulista de 1975 e foi um dos principais líderes da equipe na conquista do primeiro Campeonato Brasileiro do time em 1977, quando foi capitão da equipe.

"Perdi um amigo dentro e fora de campo, uma pessoa excepcional. Conheci toda sua família, pai, mãe e esposa em Piracicaba. Convivemos muito, estou muito triste porque era um grande amigo", comentou o técnico do São Paulo, Muricy Ramalho, que jogou com Chicão no time do Morumbi na década de 1970.

No total, Chicão disputou 312 jogos no clube, vencendo 142, empatando 111 e perdendo 59. Marcou 19 gols vestindo a camisa são-paulina. Ainda como meio-campista do São Paulo, disputou a Copa do Mundo de 1978, que foi jogada na Argentina. Depois do time tricolor, ainda passou por Atlético-MG, Santos, Londrina, Mogi Mirim e União Barbarense.



Morre Chicão, ex-jogador do São Paulo e da Seleção

Terra Esportes

Destaque do São Paulo nos anos 70 e um dos líderes na conquista do Campeonato Brasileiro de 1977 pelo clube, o ex-jogador Francisco Jesuino Avanzi, conhecido como Chicão, morreu na madrugada desta quarta-feira, aos 59 anos, vítima de câncer. A informação foi divulgada pelo site oficial do time tricolor.

Conhecido pela raça e dedicação dentro de campo, Chicão defendeu a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1978, na Argentina. O corpo dele será velado nesta quarta, na Câmara Municipal de Piracicaba, sua cidade natal. O enterro será realizado amanhã.

O presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, já decretou luto oficial em decorrência da morte do ex-jogador. Pelo clube, Chicão disputou 312 jogos entre 1973 e 1979 e assinalou 19 gols.

Além do time tricolor, o ex-volante atuou também por União Barbarense, XV de Piracicaba, São Bento, Ponte Preta, Atlético-MG, Santos, Londrina e Mogi Mirim.




Morre Chicão, ex-volante de São Paulo, Atlético-MG, Santos e seleção brasileira
Ex-atleta sofria de câncer e será enterrado nesta quinta-feira pela manhã, em Piracicaba

Globo Esporte

Morreu na madrugada desta quarta-feira, em São Paulo, aos 59 anos, o ex-volante do Tricolor Chicão. Conhecido no clube como o “Deus da Raça”, Francisco Jesuíno Avanzi sofria de um câncer no esôfago e há tempos lutava contra a doença.

Pelo falecimento do ex-atleta, o presidente Juvenal Juvêncio decretou luto oficial no clube. O corpo de Chicão será velado na Câmara Municipal de Piracicaba, cidade onde nasceu. O enterro acontece na manhã desta quinta-feira na cidade interiorana.

Chicão atuou pelo Tricolor entre 1973 e 1979, disputando 312 jogos –142 vitórias, 11 empates e 59 derrotas. Também marcou 19 gols pelo clube paulistano.

Com a camisa do São Paulo, Chicão conquistou o Paulista de 1975 e o Brasileiro de 1977, do qual era capitão da equipe. Já pelo Atlético-MG, foi bicampeão estadual em 1980 e 1981.

Além de passagens XV de Piracicaba, União Barbarense, São Bento, Ponte Preta, Santos, Corinthians-PP, Botafogo-RP e Mogi Mirim, Chicão também participou do Mundial de 1978, disputado na Argentina, com a seleção brasileira.



Morre o ex-volante são-paulino Chicão

Gazeta Esportiva

São Paulo (SP) - O São Paulo Futebol Clube está em luto. O ex-volante Chicão morreu na madrugada desta quarta-feira, na capital paulista, vítima de câncer. Francisco Jesuíno Avanzi tinha 59 anos e será velado nesta quarta-feira, na Câmara Municipal de Piracicaba, sua cidade natal.

O “Deus da Raça” vestiu a camisa do São Paulo entre 1973 e 1979, tendo conquistado o Campeonato Paulista de 1975 e o primeiro Brasileirão da história do Tricolor, em 1977.

Em sua trajetória pelo clube, Chicão disputou 312 jogos, com um retrospecto de 142 vitórias, 111 empates e 59 derrotas. Ao todo, marcou 19 gols com a camisa tricolor.

Além do Tricolor, o ex-volante atuou também por União Barbarense, XV de Piracicaba, São Bento, Ponte Preta, Atlético-MG, Santos, Londrina e Mogi Mirim. Chicão também defendeu a seleção brasileira na Copa do Mundo de 1978.

O presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, decretou luto oficial no clube em função da morte do ex-jogador tricolor. O técnico Muricy Ramalho, que jogou junto com Chicão no Tricolor, lamentou a perda do amigo.

“Eu perdi um amigo dentro e fora de campo, era uma pessoa excepcional. Conheci toda sua família em Piracicaba, convivemos juntos. Estou muito triste porque realmente perdi um amigo”, lamentou.



Obrigado, “Deus da Raça”!
CHICÃO, ETERNO ÍDOLO TRICOLOR!

por Daniel Perrone para Blog do Torcedor e SPNet

O dia amanheceu cinzento para todo o futebol brasileiro.

Francisco Jesuíno Avanzi, mais conhecido no futebol pelo apelido “Chicão”, faleceu na madrugada desta quarta-feira na UTI do Hospital Nove de Julho, em São Paulo. O ex-volante tricolor lutava contra um câncer no esôfago.

Conhecido por sua raça inigualável, Chicão era ídolo da geração dos anos 70, sendo figura importante na conquista de nosso primeiro título Brasileiro, em 77. Também marcou seu nome na seleção brasileira na famosa “Batalha de Rosario”, quando fez meia dúzia de argentinos correrem em um épico jogo diante de nossos maiores rivais.

Fique em paz, Chicão!



O xerife do Morumbi

por Emerson Gonçalves para o Olhar Crônico Esportivo

Chicão faleceu na madrugada de hoje, depois de operar um câncer no esôfago. Infelizmente, não resistiu às complicações pós-operatórias. Chicão é um dos meus ídolos e para sempre será.

Lembro de sua contratação. Os mais novos podem pensar que essa loucura de contratações é coisa recente, mas não. Foi sempre assim. Em 1969 eu passei meses de ansiedade aguardando boas notícias para o São Paulo. Até que vieram. Além de Gerson, Toninho Guerreiro. Veio, também, Terto. A Gazeta Esportiva e o Estadão eram os meus guias, a Rádio Bandeirantes minha luz. Outros tempos.

Em 1973 li, feliz da vida, a notícia da contratação de Francisco Jesuíno Avanzi, mas só no registro e no RG, pois ele sempre foi Chicão, com seu 1,85m e a força de um touro.

Veio da Ponte Preta, a grande Macaca, de onde também vieram, entre outros, Teodoro, Nelsinho (esse que treina o Sport) e Oscar.

Chicão chegou e se impôs. Formou o meio-campo ao lado de Dom Pedro Virgilio Francetti Rocha ou, simplesmente, Pedro Rocha.

A raça ao lado da técnica. O estilo duro e decidido ao lado da habilidade e suprema elegância.Yin e Yang no mesmo meio-campo, pensando com os modismos de hoje.

Comandava, peitava, encarava, decidia.Houve um jogo do São Paulo em que ele tomou cartão amarelo antes mesmo do início da partida. Só porque dirigiu-se ao José Assis Aragão, o árbitro da partida, e mandou-o apitar direito. Vê se pode tomar um amarelo por isso!

Ah, Chicão…

Claudio Coutinho achava Falcão, que viria a ser Rei de Roma, muito novo ou imaturo, sei lá, e deixou-o no Brasil, convocando Chicão e Batista. Chicão só entrou em um jogo na Copa de 78, justamente no pior, no mais temido deles, contra a Argentina.

Propositalmente, esse jogo foi marcado para Rosário, num campo pequeno, ruim, com a torcida enlouquecida gritando em cima dos jogadores o tempo todo.Se Brasil x Argentina, hoje, é o que é, imaginem o cenário de 78: ditadura militar terrível e assassina na Argentina, sob o tacão de Jorge Rafael Videla - que esteja padecendo no inferno - e a rivalidade entre os dois países num dos pontos mais altos de sua história, em todas as áreas, acirrada ainda mais pela construção de Itaipu.

Hoje, lamento, mas não dá para se ter uma idéia do clima daqueles dias.Aliás, não lamento, é ótimo, é bom demais não termos nada parecido com aqueles tempos.

O Brasil era Tri-Campeão Mundial e a Argentina não tinha nenhum título.

E o destino e a tabela colocaram frente a frente os dois times.

Que guerra, quase literalmente, antes daquele jogo.Que tensão.

Coutinho escalou um meio-campo guerreiro, com Batista e Chicão (em ordem alfabética). A Argentina tinha Mario Kempes, um mestre da bola, um meia da velha escola argentina de grandes meias, e tinha Luque, cara chato, malvado, não muito hábil, mas bom tecnicamente, dono de uma raça incomum até para os hermanos.

O que vou contar agora pode não ser bonito, mas é parte da história, e é futebol: Chicão e Batista calaram a torcida argentina, simplesmente. Não na primeira, mas numa das primeiras divididas, Chicão não arrepiou e Luque ficou no chão. Recuperou-se, claro, mas o recado estava dado. Do outro lado, Batista cuidava de Kempes. Os dois comandaram e controlaram o jogo.

A Argentina nada criou, sequer ameaçou nosso gol. No finzinho, no apagar das luzes, Roberto, Roberto Dinamite, perdeu um gol incrível, um gol que teria entrado para a história. Que teve outro desenrolar com a vergonha peruana e o título argentino.

Mas Chicão fez a sua parte e fez muito bem.Para mim, ele é o herói de Rosário.

Pelo São Paulo, disputou 312 jogos no clube, vencendo 142, empatando 111 e perdendo 59 e marcou 19 gols.

Números frios, nada dizem de suas atuações seguras.

Para mim, ficará a lembrança dos muitos jogos em que ele comandava a retaguarda Tricolor e o próprio time, um verdadeiro xerife, até no porte, mas não na altura, lembrando outro de meus grandes ídolos, John Wayne.

Chicão, que entrou em campo no terrível e temido jogo contra a Argentina pela Copa de 1978 e deu conta do recado com perfeição, ao lado de Batista. Juntos, anularam Kempes e Luque, no pequeno e ultra-lotado campo de Rosário. O jogo terminou 0×0.

Em 1979, depois de ser Campeão Paulista e Campeão Brasileiro pelo São Paulo, ele foi negociado com o Clube Atlético Mineiro, o adversário batido em 1978 no jogo que decidiu o título brasileiro de 1977.

E o adversário odiado do anterior, que pisou na perna quebrada de Ângelo (em disputa com Neca, e todos achavam que ele fazia cera no chão), fez história no Galo e tornou-se ídolo da torcida atleticana.

Porque lá, como cá, Chicão foi também o Deus da Raça.

Chicão está no nascimento do meu blog, Olhar Crônico Esportivo. Comecei o blog num agosto e parei. Em novembro, no dia seguinte ao Encontro de Ex-Jogadores do São Paulo, retomei o blog porque queria falar do Encontro e da minha felicidade por encontrar muitos dos meus ídolos, como ele.

Falamos do XV de Piracicaba, o Nhô Quim, onde ele começou a jogar e que sonhava reerguer. Falamos de 78, do jogo de Rosário. Falamos do São Paulo e ele tinha certeza que seríamos campeões mundiais, como de fato fomos. Demos risada com as brincadeiras de Marinho Chagas, a “Bruxa”, que na hora de ser fotografado ao meu lado fez questão de esconder o copo de cerveja, para divertimento de Chicão.

Como lembrou o Lédio numa mensagem há pouco, perdemos também Moisés e Alcir.

Sei não, mas acho que Chicão já está escalado no time do Céu. Ele e Moisés serão titulares, lógico, contra o time do Inferno. Que vai comer o pão que o diabo - ops - amassou e, é óbvio, vai perder feio. Esse jogo não vai ficar em 0×0. Até porque, com os dois, também está escalado Roberto Dias Branco e toda sua elegância e categoria.

Saudades.
Descanse em paz, Chicão.

Obrigado por tudo que você nos deu.



Chicão recebe homenagem no Morumbi
Jogadores vestiram a camisa número cinco, que era utilizada pelo ex-volante

Do site oficial.

O volante Chicão, ídolo do Tricolor na década de 70, que faleceu no último dia 08, foi lembrado pelos são-paulinos na partida contra o Vitória. Os jogadores do Tricolor entraram em campo vestindo uma camisa do clube com o nome do ex-volante e o número cinco, usado pelo jogador quando atuava pelo clube.

O técnico Muricy Ramalho, que atuou ao lado de Chicão com a camisa do São Paulo e era muito próximo ao "Deus da Raça", como era conhecido pelos torcedores, acredita que a menção ao colega inspirou seus atletas a realizarem uma das partidas mais disputadas deste Campeonato Brasileiro, vencendo o adversário de virada e em meio a muita chuva.

"O Chicão é um guerreiro, e esse espírito baixou no nosso time. Os jogadores não o viram jogar, mas ouviram falar dele. A gente foi companheiro dentro fora de campo, eu tive a oportunidade de estar com ele dando risada duas vezes antes de ele morrer, ele estava muito animado. A homenagem foi justa, temos sempre que homenageá-lo", afirmou o treinador.

O capitão Rogério Ceni concordou com Muricy em relação à tradução da face guerreira do ex-volante, que realizou 312 partidas pelo time do Morumbi, na vitória do São Paulo nesta rodada. O goleiro

"A camisa fez a gente lembrar muito do espírito guerreiro do Chicão, que foi um símbolo disso. Hoje, quem sabe, ele não tenha realmente sido a fonte de inspiração pra esse time".

5 comentários:

  1. Rest in peace, Chicão!!!

    Obrigado por tudo Deus da Raça.

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  2. Uma cobertura à altura do Chicão, Michael.

    Parabéns.

    Uma sugestão: acrescenta a história da entrevista contada pelo Fajopa.

    Abraços.

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  3. vc tem q divulgar mais seu site
    é muito bom
    agora q não tenho mais orkut e não entro na comunidade "old" do SPFC, comecei a freqüentar aqui todo dia
    abraços

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  4. Obrigado pelas visitas anônimo hehe.

    Tipo, eu, por herança de outras experiências na internet, de coisas que nem eram de futebol, meio que não faço propaganda e divulgação e tal, pq geralmente é chato para as outras pessoas lerem um spam/propaganda, mesmo que o que se divulgue seja bom, bate na pessoa "só mais uma propaganda qualquer, que saco".

    Sem falar que me sinto "sem jeito" para isso hehe. Mas o google salva hehe, o google indexa bem as postagens do blog.

    Ainda assim, muito obrigado pela dica hehe. Valeu.

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  5. To aqui com o Cará em Piracicaba, amigo dele de infancia, e ele esta me contando da excelente pessoa que o Chicao sempre foi, dentro e fora de campo !!!,

    Abraço,
    Jefferson

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