Artigo de uma revista PLACAR do ano de 1978. No momento em que a torcida do São Paulo vive uma nova fase, uma reflexão de seu passado - ao menos, de uma visão sobre seu passado.
Um amor que não admite traição
Tirando os torcedores-simbolos ou os mais fanáticos, toda a torcida são-paulina tem uma característica muito especial: é exigente e orgulhosa das glórias do clube. Por isso, se o time vai mal, ela se sente traída e deixa de ir ao campo.
O São Paulo acabou de ser goleado pelo Santos. Na porta do hall de entrada do Morumbi, uma senhora baixinha, gordinha, morena, camisa vermelho, preto e branco, saia preta, chora sem inibição e sem consolo.
O São Paulo acabou de ganhar do Atlético Mineiro. Venceu nos pênaltis e ganhou o campeonato brasileiro de 1977. Numa casinha humilde quase no centro de São Paulo, a mesma senhora gordinha, baixinha e morena, não consegue conter sua alegria e chora deslavadamente.
Maria Campos, idade não revelada, doceira do Hotel Normandie, é assim. Pelo seu São Paulo ela não economiza lágrimas. Chora quando ganha, quando empata, quando perde. Ela é a Filhinha, que todo são-paulino conhece por sua desmedida fidelidade ao São Paulo. Não casou porque não tinha mesmo de casar, mas adora dizer que elegeu o São Paulo para seu único e verdadeiro amor. Gosta de dizer também que nasceu na maternidade São Paulo, embora isso possa não ser verdade. Se dependesse dela, teria nascido mesmo na maternidade São Paulo, rua São Paulo, cidade de São Paulo, Estado de São Paulo e seria embrulhada num anto vermelho, preto e branco. Então, faz de conta que é verdade.
Não costuam receber favores do clube, e já se considera uma privilegiada. Se pudesse, queria mesmo era oferecer vantagens, dar muito dinheiro ao seu São Paulo. É sócia do clube há 25 anos, desde os tempos do Canindé, e pouco freqüenta a sede social. Mas não perde jogo de seu time. Começou a ir aos estádios em 1949, quando a mulher era ainda considerada uma presença estranha ao futebol. Mas sua paixão venceu os preconceitos e a resistência familiar. Filhinha é um caso perdido, irrecuperável. Seu coração é tricolor e não tem cura. E o que a fez tão doente pelo São Paulo foi o próprio São Paulo, nada mais:
"O São Paulo é demais. Sua camisa é maravilhosa ,sua bandeira é maravilhosa, seu nome, seu estádio, seus títulos, tudo do São Paulo é maravilhoso. Eu gosto porque gosto e porque não desgosto".
Paixão cega e de graça. Filhinha é o simbolo do torcedor são-paulino, muito embora o são-paulino típico tenha pouca coisa a ver com ela. O são-paulino antes de tudo é exigente. Ele sabe o que quer. E torcedor quer mesmo é time vencedor, cheio de glórias e craques. O são-paulino não se deixa enganar. Quando o time está mal, some dos campos. Não que seja acomodado, como pode parecer. Em suas brigas de amor ele sabe fazer uma chantagenzinha emocional. Se não é correspondido, vira as costas para o seu time, embora isso possa lhe causar o maior sofrimento.
Porque o são-paulino é extremamente orgulhoso. É torcedor "de quatrocentos anos", mesmo que tenha chegado ontem do nordeste e esteja morando numa favela de periferia. O tricolor não faz sua opção de graça. Ele se orgulha do Morumbi e repete sempre que é o maior estádio particular do mundo. Quando fizerem outro maior, certamente dirá que é o primeiro maior do mundo. Ele tem orgulho de suas cores. Sabe que o Flamengo é rubronegro, o Corinthians alvinegro, mas só o São Paulo é alvi-rubro-negro. O resto é imitação ou está incompleto. O são-paulino tem orgulho de suas glórias. E divide sua história em duas etapas: uma fase de lutas para a fundação do clube e para a construção do Morumbi, lutas essas que historicamente justificam a ausência de títulos: e a fase do futebol, futebol do grande time dos anos 40, cinco vezes campeão paulista, futebol dos anos 70, o São Paulo quatro vezes campeão, em oito anos.
O são-paulino tem orgulho do pioneirismo do São Paulo, apesar de o clube só ter sido fundado em 1935, quando o futebol já era uma velha instituição brasileira. Mas o São Paulo foi o primeiro a disputar uma partida profissional [curiosamente, o fato citado é de 1933, considerando então sua fase de vida anterior, n/t], o primeiro a jogar de noite [sob luzes de refletores artificiais tal qual os de hoje em dia, n/t], o primeiro a ter uma torcida uniformizada [TUSP, n/t].
Então, o São Paulo tem de ser o melhor time para satisfazer sua orgulhosa e exigente "clientela". Que também não é tão pequena como pode parecer. Em todos os anos que o São Paulo foi campeão, sua torcida também superou todas as demais comparecendo em massa aos estádios. Em 1970, em 71 e em 75, o São Paulo foi o campeão e o líder de rendas em São Paulo. E mais recentemente, quando disputou a semifinal do Campeonato Brasileiro de 1977 contra o Operário, o São Paulo levou mais de 100 mil torcedores ao Morumbi. A maioria, são-paulina, claro.
Seria o são-paulino um torcedor de elites sociais? Ele não gosta de dizer que sim. Prefere afirmar que sua torcida tem penetração em todos os segmentos sociais, e que dentro do estádio todo mundo é povo. E tem explicações para justificar tal discriminação. A primeira: o São Paulo é o herdeiro natural das glórias e dos simpatizantes do refinado Paulistano no futebol. A segunda: sua administração muito bem-dotada, esteve quase sempre em mãoes de figuras da elite social - como Laudo Natel, ex-governador do Estado e ex-presidente do clube. Se a diretoria faz parte das camadas mais altas da sociedade, então, por analogia, a torcida também é de elite. E como a torcida tricolor é normalmente bem comportada, comedida em suas explosões de entusiasmo e de revolta, exigente, pouco assídua, fica mais fácil aceitar tal analogia. Na verdade não é bem assim. E Hélio Silva, chefe da Torcida Uniformizada do São Paulo - a primeira do Brasil, fundada em 1938 por Manoel Raymundo Paes de Almeida - fala sobre o constrangimento da gente mais humilde que vem solicitar inscrição entre seus uniformizados:
"Tem gente que vem pedir para torcer para o São Paulo, com medo de não ser aceita na TUSP porque não tem uma boa roupa nem dinheiro para comprar uma camisa. Tenho de explicar que o mais importante é o amor pelo São Paulo", diz ele.
Uma torcida que prefere a alegria, à agressividade nos estádios. Não tem troféus de guerra, nem se tem notícias de memoráveis batalhas campais nas quais esteve empenhada, mas ostenta com ufanismo o título de "mais querido" para seu clube. A história remonta aos anos 30. O então presidente da república Getúlio Vargas assistia ao desfile das delegações que abriam o Torneio Início do Campeonato. Deslumbrado com a vibração da torcida no momento da apresentação da delegação são-paulina, Getúlio atribui-lhe o título de "mais querida" [na verdade o fato ocorreu na inauguração do Estádio do Pacaembu, em gritos justamente contra Getúlio, que fez-se de desentendido, n/t]. Logo depois surgiria a Torcida Uniformizada do São Paulo [já existia, n/t], que ainda existe, hoje ao lado de outras treze, que congregam aproximadamente cinco mil tricolores. Inclusive uma torcida feminina - a primeira organizada do gênero no Brasil, segundo sua atual chefe, a Malu.
Orgulhosa sim, de elite não; exigente sim, acomodada não; pouco assídua sim, pequena não; bem comportada sim, desanimada não; comedida sim, fria não. E tem seus casos de amor perdido, como Filhinha, como Hélio Silva, como Malu. E como seu Joaquim.
O seu Joaquim é um pouco mais do que um torcedor. Humilde, com seu indefectível chapéu e seu terno simples, mas impecável, pode ser encontrado todos os dias na sala de espera da sede do São Paulo, ou na porta dos vestiários dos senhores árbitros nos dias de jogo no Morumbi.
Seu Joaquim é funcionário do São Paulo e já trabalhava para o clube antes mesmo de ele existir. Fou roupeiro das Palmeiras antes da fusão com o São Paulo, em 29. Seu Joaquim é, pois, um pouco da história do São Paulo. No novo clube que nasceu da fusão ele além de roupeiro tinha a grande responsabilidade de vigiar os jogadores, nem tão bem comportados do início do profissionalismo. E foi zelador dos muitos campos que o clube teve, na Mooca, no Canindé e na Floresta. E teve algumas missões importantes:
"Antigamente os jogadores tinham de passar por um corredor de tela, no meio dos torcedores, bem ao alcance da mão curiosa de qualquer um. Então o São Paulo teve a idéia de fazer um túnel. Mas não era bem um túnel como os que existem hoje: era um buraco coberto com uma grande".
O São Paulo foi também precursor dos jogos noturnos. Seu Joaquim acompanhou todos os trabalhos da iluminação do campo da Floresta - o presidente do clube era também da Light - e teve ao seu encargo outra séria responsabilidade:
"Fui eu quem pintou a bola para o primeiro jogo noturno no Brasil. As bolas de couro na época eram de cor natural. Para os jogos noturnos elas tinham de ser pintadas de branco. Eu fazia isso para o São Paulo. E fazia tão bem que até o River Plate da Argentina me fez umas encomendas".
Seu Joaquim fala com muito entusiasmo sobre o futebol de antigamente, "quando se corria os 90 minutos e se falava menos em dinheiro". Lembra com saudades do time de 40, "quando ninguém perguntava se o São Paulo ia ganhar, mas perguntava logo de quanto o São Paulo ganharia".
E hoje, com 82 anos, Joaquim Simão Gomes continua dando a melhor contribuição para o clube que mais ama: seu trabalho.
Um amor que não admite traição
Tirando os torcedores-simbolos ou os mais fanáticos, toda a torcida são-paulina tem uma característica muito especial: é exigente e orgulhosa das glórias do clube. Por isso, se o time vai mal, ela se sente traída e deixa de ir ao campo.
O São Paulo acabou de ser goleado pelo Santos. Na porta do hall de entrada do Morumbi, uma senhora baixinha, gordinha, morena, camisa vermelho, preto e branco, saia preta, chora sem inibição e sem consolo.
O São Paulo acabou de ganhar do Atlético Mineiro. Venceu nos pênaltis e ganhou o campeonato brasileiro de 1977. Numa casinha humilde quase no centro de São Paulo, a mesma senhora gordinha, baixinha e morena, não consegue conter sua alegria e chora deslavadamente.
Maria Campos, idade não revelada, doceira do Hotel Normandie, é assim. Pelo seu São Paulo ela não economiza lágrimas. Chora quando ganha, quando empata, quando perde. Ela é a Filhinha, que todo são-paulino conhece por sua desmedida fidelidade ao São Paulo. Não casou porque não tinha mesmo de casar, mas adora dizer que elegeu o São Paulo para seu único e verdadeiro amor. Gosta de dizer também que nasceu na maternidade São Paulo, embora isso possa não ser verdade. Se dependesse dela, teria nascido mesmo na maternidade São Paulo, rua São Paulo, cidade de São Paulo, Estado de São Paulo e seria embrulhada num anto vermelho, preto e branco. Então, faz de conta que é verdade.
Não costuam receber favores do clube, e já se considera uma privilegiada. Se pudesse, queria mesmo era oferecer vantagens, dar muito dinheiro ao seu São Paulo. É sócia do clube há 25 anos, desde os tempos do Canindé, e pouco freqüenta a sede social. Mas não perde jogo de seu time. Começou a ir aos estádios em 1949, quando a mulher era ainda considerada uma presença estranha ao futebol. Mas sua paixão venceu os preconceitos e a resistência familiar. Filhinha é um caso perdido, irrecuperável. Seu coração é tricolor e não tem cura. E o que a fez tão doente pelo São Paulo foi o próprio São Paulo, nada mais:
"O São Paulo é demais. Sua camisa é maravilhosa ,sua bandeira é maravilhosa, seu nome, seu estádio, seus títulos, tudo do São Paulo é maravilhoso. Eu gosto porque gosto e porque não desgosto".
Paixão cega e de graça. Filhinha é o simbolo do torcedor são-paulino, muito embora o são-paulino típico tenha pouca coisa a ver com ela. O são-paulino antes de tudo é exigente. Ele sabe o que quer. E torcedor quer mesmo é time vencedor, cheio de glórias e craques. O são-paulino não se deixa enganar. Quando o time está mal, some dos campos. Não que seja acomodado, como pode parecer. Em suas brigas de amor ele sabe fazer uma chantagenzinha emocional. Se não é correspondido, vira as costas para o seu time, embora isso possa lhe causar o maior sofrimento.
Porque o são-paulino é extremamente orgulhoso. É torcedor "de quatrocentos anos", mesmo que tenha chegado ontem do nordeste e esteja morando numa favela de periferia. O tricolor não faz sua opção de graça. Ele se orgulha do Morumbi e repete sempre que é o maior estádio particular do mundo. Quando fizerem outro maior, certamente dirá que é o primeiro maior do mundo. Ele tem orgulho de suas cores. Sabe que o Flamengo é rubronegro, o Corinthians alvinegro, mas só o São Paulo é alvi-rubro-negro. O resto é imitação ou está incompleto. O são-paulino tem orgulho de suas glórias. E divide sua história em duas etapas: uma fase de lutas para a fundação do clube e para a construção do Morumbi, lutas essas que historicamente justificam a ausência de títulos: e a fase do futebol, futebol do grande time dos anos 40, cinco vezes campeão paulista, futebol dos anos 70, o São Paulo quatro vezes campeão, em oito anos.
O são-paulino tem orgulho do pioneirismo do São Paulo, apesar de o clube só ter sido fundado em 1935, quando o futebol já era uma velha instituição brasileira. Mas o São Paulo foi o primeiro a disputar uma partida profissional [curiosamente, o fato citado é de 1933, considerando então sua fase de vida anterior, n/t], o primeiro a jogar de noite [sob luzes de refletores artificiais tal qual os de hoje em dia, n/t], o primeiro a ter uma torcida uniformizada [TUSP, n/t].
Então, o São Paulo tem de ser o melhor time para satisfazer sua orgulhosa e exigente "clientela". Que também não é tão pequena como pode parecer. Em todos os anos que o São Paulo foi campeão, sua torcida também superou todas as demais comparecendo em massa aos estádios. Em 1970, em 71 e em 75, o São Paulo foi o campeão e o líder de rendas em São Paulo. E mais recentemente, quando disputou a semifinal do Campeonato Brasileiro de 1977 contra o Operário, o São Paulo levou mais de 100 mil torcedores ao Morumbi. A maioria, são-paulina, claro.
Seria o são-paulino um torcedor de elites sociais? Ele não gosta de dizer que sim. Prefere afirmar que sua torcida tem penetração em todos os segmentos sociais, e que dentro do estádio todo mundo é povo. E tem explicações para justificar tal discriminação. A primeira: o São Paulo é o herdeiro natural das glórias e dos simpatizantes do refinado Paulistano no futebol. A segunda: sua administração muito bem-dotada, esteve quase sempre em mãoes de figuras da elite social - como Laudo Natel, ex-governador do Estado e ex-presidente do clube. Se a diretoria faz parte das camadas mais altas da sociedade, então, por analogia, a torcida também é de elite. E como a torcida tricolor é normalmente bem comportada, comedida em suas explosões de entusiasmo e de revolta, exigente, pouco assídua, fica mais fácil aceitar tal analogia. Na verdade não é bem assim. E Hélio Silva, chefe da Torcida Uniformizada do São Paulo - a primeira do Brasil, fundada em 1938 por Manoel Raymundo Paes de Almeida - fala sobre o constrangimento da gente mais humilde que vem solicitar inscrição entre seus uniformizados:
"Tem gente que vem pedir para torcer para o São Paulo, com medo de não ser aceita na TUSP porque não tem uma boa roupa nem dinheiro para comprar uma camisa. Tenho de explicar que o mais importante é o amor pelo São Paulo", diz ele.
Uma torcida que prefere a alegria, à agressividade nos estádios. Não tem troféus de guerra, nem se tem notícias de memoráveis batalhas campais nas quais esteve empenhada, mas ostenta com ufanismo o título de "mais querido" para seu clube. A história remonta aos anos 30. O então presidente da república Getúlio Vargas assistia ao desfile das delegações que abriam o Torneio Início do Campeonato. Deslumbrado com a vibração da torcida no momento da apresentação da delegação são-paulina, Getúlio atribui-lhe o título de "mais querida" [na verdade o fato ocorreu na inauguração do Estádio do Pacaembu, em gritos justamente contra Getúlio, que fez-se de desentendido, n/t]. Logo depois surgiria a Torcida Uniformizada do São Paulo [já existia, n/t], que ainda existe, hoje ao lado de outras treze, que congregam aproximadamente cinco mil tricolores. Inclusive uma torcida feminina - a primeira organizada do gênero no Brasil, segundo sua atual chefe, a Malu.
Orgulhosa sim, de elite não; exigente sim, acomodada não; pouco assídua sim, pequena não; bem comportada sim, desanimada não; comedida sim, fria não. E tem seus casos de amor perdido, como Filhinha, como Hélio Silva, como Malu. E como seu Joaquim.
O seu Joaquim é um pouco mais do que um torcedor. Humilde, com seu indefectível chapéu e seu terno simples, mas impecável, pode ser encontrado todos os dias na sala de espera da sede do São Paulo, ou na porta dos vestiários dos senhores árbitros nos dias de jogo no Morumbi.
Seu Joaquim é funcionário do São Paulo e já trabalhava para o clube antes mesmo de ele existir. Fou roupeiro das Palmeiras antes da fusão com o São Paulo, em 29. Seu Joaquim é, pois, um pouco da história do São Paulo. No novo clube que nasceu da fusão ele além de roupeiro tinha a grande responsabilidade de vigiar os jogadores, nem tão bem comportados do início do profissionalismo. E foi zelador dos muitos campos que o clube teve, na Mooca, no Canindé e na Floresta. E teve algumas missões importantes:
"Antigamente os jogadores tinham de passar por um corredor de tela, no meio dos torcedores, bem ao alcance da mão curiosa de qualquer um. Então o São Paulo teve a idéia de fazer um túnel. Mas não era bem um túnel como os que existem hoje: era um buraco coberto com uma grande".
O São Paulo foi também precursor dos jogos noturnos. Seu Joaquim acompanhou todos os trabalhos da iluminação do campo da Floresta - o presidente do clube era também da Light - e teve ao seu encargo outra séria responsabilidade:
"Fui eu quem pintou a bola para o primeiro jogo noturno no Brasil. As bolas de couro na época eram de cor natural. Para os jogos noturnos elas tinham de ser pintadas de branco. Eu fazia isso para o São Paulo. E fazia tão bem que até o River Plate da Argentina me fez umas encomendas".
Seu Joaquim fala com muito entusiasmo sobre o futebol de antigamente, "quando se corria os 90 minutos e se falava menos em dinheiro". Lembra com saudades do time de 40, "quando ninguém perguntava se o São Paulo ia ganhar, mas perguntava logo de quanto o São Paulo ganharia".
E hoje, com 82 anos, Joaquim Simão Gomes continua dando a melhor contribuição para o clube que mais ama: seu trabalho.
cara...que demais isso, saber que nos anos 70 nossa torcida já possuía essa identificação com o clube.
ResponderExcluirabraços.
Grande Filhinha! Estava em todos os jogos do São Paulo naquela época, via-a muito no Morumbi.
ResponderExcluirSó pra constar, seu nome se pronunciava como "fiinha"
Já tinha lido este texto, muito bom...
ResponderExcluirMas será que esta Filhinha ainda está viva?Só por curiosidade.
Muito bacana estas historias!!
ResponderExcluirÉ de torcedores assim que precisamos, não daqueles que aparecem quando é campeão!!
Obrigado por seu amor Fiinha, Joaquim e tantos outros corações tricolores!!
sensacional!
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