SÃO PAULO FUTEBOL CLUBE

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Apelidos: O Mais Querido, Clube da Fé, SPFC, Tricolor Paulista.
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terça-feira, 7 de julho de 2009

Destrinchando as contas do clube

Balanço patrimonial é um registro obrigatório por lei que mensura em termos de qualidade e quantidade a situação tanto financeira quanto, como já diz seu nome, patrimonial de uma instituição em um prazo específico de tempo - como um raio x de momento.

O São Paulo Futebol Clube publica seus balanços rigorosamente todos os anos desde 1952, muito tempo antes de obrigatoriedade regulamentar do governo, quando Laudo Natel assumiu as finanças do clube.

Hoje em dia, a transparência de uma organização exige um pouco mais. Ao conjunto de documentos que elucida todo o fluxo de rendimentos e posses se dá o nome de Demonstrações Contábeis.

Aqui neste artigo tentarei tornar um pouco mais fácil o entendimento desse trabalho que, não esquecido por sua complexidade, pode sanar muitas dúvidas e curiosidades sobre a administração do Tricolor. Começarei por partes:

Estrutura básica

(neste ponto resumirei a teoria envolvida)

A) Apresentação

B) Balanços patrimoniais (ativo e passivo)

C) Demonstrações das mutações do patrimônio social

D) Demonstração do fluxo de caixa

E) Demonstração do valor adicionado

F) Demonstrações do superávit

G) Pareceres e aprovações finais

Detalhamentos

(aqui comentarei os resultados apresentados)

H) Notas explicativas da administração nas demonstrações contábeis

1. Breve histórico do clube

2. Apresentação das demonstrações contábeis

3. Principais práticas contábeis

4. Contas a receber

5. Receitas a apropriar

6. Despesas antecipadas

7. Ativo imobilizado

8. Ativo intangível

9. Ativo diferido

10. Contatos de atletas profissionais

11. Custo de atletas em formação e de atletas formados

12. Reavaliação de bens do imobilizado

13. Instituições financeiras

14. Obrigações trabalhistas

15. Obrigações tributárias parceladas

16. Entidades esportivas e federações

17. Adiantamento de contratos

18. Empréstimos de terceiros

19. Contingências trabalhistas

20. Patrimônio social

21. Lei nº 11.345 - Timemania

22. Lei de incentivo ao desporto.

23. Seguros

24. Eventos subsequentes.

A) Apresentação

Tradicional mensagem do presidente (e da diretoria) em exercício sobre os feitos, ganhos e melhorias obtidas no último ano, além de projetos em curso e metas para o próximo ano. A versão 2008 contou também com gráficos bem ilustrativos do desempenho do clube em três análises de suas receitas (total, excluída as vendas de atletas e por setores de rendimento - profissional, estádio, social). Sobre estes valores, tratarei mais a frente.

B) Balanços patrimoniais (ativo e passivo)

Um balanço patrimonial é composto por recursos ativos, passivos e patrimônio líquido, expresso pelas simples fórmulas: "Ativo = Passivo + Patrimônio Líqüido" ou "Ativo - Passivo = Patrimônio Líquido".

Ativos compreendem as aplicações de recursos geridos pela instituição, como também bens e direitos, capazes de gerar lucros futuros. Passivos abrangem as obrigações para com terceiros, ou seja, o uso ao qual será aplicado os recursos ativos, como também às obrigações legais. É bom não confundir as aplicações do ativo com a receita da entidade, pois como visto, o ativo também contabiliza todos os "ganhos" e patrimônios acomulados anteriormente, ou seja: o Patrimônio Líquido (que por sua vez já foi a diferença entre o ativo e o passivo de outrora, de um momento anterior).

Os ativos e passivos são classificados por seu grau de liquidez, do mais volátil ao mais intangível. Ativos, especificamente, são catalogados em circulante*, realizável a longo prazo e permanente - este último por sua vez subdividido em investimentos, ativo imobilizado, ativo diferido e ativo intangivel.

Ativo imobilizado é o conjunto de bens destinado a manutenção e/ou à atividade basal/inata do clube, em todos os seus aspectos (ou seja: tudo que o clube possui para que ele possa sobreviver enquanto tal).

Ativo diferido são as aplicações primárias, momentâneas, que visam algo secundário, duradouro (exemplo: uma edificação provisória para se armazenar ferramentas durante uma construção).

Ativo intangivel é tudo aquilo que tem valor mas não existe método ou modelo de mensuração técnica objetiva, tendo que ser calculado por contratos subjetivos entre os envolvidos (exemplo: o valor de cada jogador em formação ou já formado e atualmente no clube).

Com os passivos é quase o mesmo, mas somente classificado em passivo circulante e passivo exigível a longo prazo (afinal não existe nada que se deva pagar e que fique sem pagar permanentemente - apesar que alguns clubes teimam em ir de encontro a isto, não é mesmo?.

*Detalhe, mesmo materiais esportivos, por exemplo, são considerados ativo circulante, pois é de uso prático e imediato...

p.s. As contas do Ativo sujeitas à depreciação (desgaste, desvalorização, obsolescência), à amortização (pagamento de dívidas com juros e em parcelas), à exaustão (fim do uso) e à provisão para créditos de liquidação duvidosa.

C) Demonstrações das mutações do patrimônio social

Primeiramente, conforme o item H20, o patrimônio social nada mais é que o capital social do clube, o valor dos títulos sociais do clube - que deduzo ser o valor agregado da emissão de novos títulos de sócio + o valor da mensalidade paga pelos demais naquele período. Todavia, nessa demonstração assume um outro entendimento, mais geral, que compreende o patrimônio social dito anteriormente, somado às reservas do clube. As reservas, por sua vez, são subdividadas em Reserva Social (composta também de duas partes: Fundo de Reserva Associativa - espécie de poupança-seguro que é formada de um percentual, 50%, dos superávits apurados de anos anteriores -, e Superávit Acumulado, que é o que "sobrou" de outros anos e que ainda não fora utilizado) e o Patrimônio em si, que nessa demonstração é entendida em seus valores atualizados por auditores (Ajuste de Avaliação Patrimonial), ainda que não sejam os valores de venda reais de cada patrimônio, suponho.

Assim, esta demonstração de valores visa detalhar, em três aspectos, quanto e em que variou esse patrimônio social global.

O mais importante é notar que boa parte dos superávits que temos, ano após ano, fica é na Reserva Social (Ou seja, não adianta pedir para o presidente do clube tirar os escorpiões do bolso - se bem que não sei em que condições é autorizado retirar dinheiro desse fundo).

D) Demonstrações de fluxo de caixa

Esse balancete demonstra, basicamente, as origens e aplicações financeiras. Literalmente o que entra e o que sai dos cofres do clube, por isso é entendido sempre como atividade operacional - e dividida em atividade operacional, de fato, investimento e financiamentos.

No documento apresentado, os valores entre (parênteses) representam "dinheiro que sai", enquanto sem, "dinheiro que entra". Aliás, isto se mantém em todo o arquivo quando as receitas e despesas se misturam em uma única análise.

E) Demonstração de valor adicionado

Já esta demonstração revela o valor de riqueza gerada no periodo e adicionada aos cofres do clube, como também seu destino final. De fácil entendimento, não é necessário maiores detalhes.

F) Demonstrações de superávit

Em minha opinião, a parte mais significativa dessa demonstração contábil. Por assim dizer, esse é o balanço financeiro do ano. As receitas e despesas são classificadas por critérios como Futebol, Estádio, Social e Administração. Na seção de despesas ainda é levado em conta, e meio que à parte, o balanço das finanças bancárias (que também pode ser positivo e, assim, abater parte do valor das despesas no fim da contabilização do resultado da operação) e os impostos - deduzidos do resultado prévio da operação. Após tudo isso chega-se ao superávit (ou déficit) do exercício.

G) Pareceres e aprovações finais.

O Balanço Patrimonial do São Paulo é elaborado pela Diretoria Financeira e fiscalizado pelo Conselho Fiscal do Clube (composto de presidente e cinco membros efetivos). Posto isso, é levado à aprovação dos 240 membros do Conselho Deliberativo e, após deferimento, entregue a auditores independentes, que o legitima.

H) Notas explicativas da administração nas demonstrações contábeis

1. Breve histórico do clube (sem comentários)

2. Apresentação das demonstrações contábeis (sem comentários)

3. Principais práticas contábeis (sem comentários)

4. Contas a receber

Em 2008, o São Paulo assumiu compromisso de cobrar R$ 78.783.000, provavelmente em 2009, mas o prazo não é estipulado, contudo não é declarado serem recursos de longo prazo. Também é possível que os valores referentes a 2007 não tenham sido saldados completamente em 2008.

5. Receitas a apropriar

É dito no documento que os R$ 56.709.000 a receber serão apropriados ao resultado do exercício de acordo com o prazo de vigência dos respectivos contratos (ou seja, também podem nao ser completamente saldados em 2009).

Notem que nesses dois últimos itens o São Paulo tem direito a receber quase 50 milhões da Timemania. Pois bem, receber é modo de falar, pois esse valor será em parte abatido nas dividas de impostos que o São Paulo assumiu em 2007 para estar de acordo com a Lei de Incentivo ao Esporte e, claro, também participar dessa loteria (e o restante somente receberá em conta-gotas ao longo de muito tempo).

Por fim, os valores da Vulcabrás (Reebok) são menores que os estipulados por contrato, por causa de um adiantamento feito ao clube em momento anterior (como verá também no item 17).

6. Despesas antecipadas

Curiosamente, o São Paulo tem já pago, adiantado, quase 6 milhões de reais, à seus funcionários, seja com direitos de imagem, valores relativos a negociações de empréstimos ou benefícios de trabalho. Isto que é ter bom patrão, hein?

Engraçado é que notícia boa nenhum jornal faz sensacionalismo para divulgar...

7. Ativo imobilizado

Resumo dos valores do ativo imobilizado do clube. Maiores detalhes sobre o valor de cada posse ou propriedade pode ser visto no item 12. Em termos brutos totaliza R$ 245.833.000, líquidos: 240,2 milhões de reais.

Fica aqui uma dúvida: O ativo imobilizado pode ser encarado como o valor comercial, de venda, dessas posses?

8. Ativo intangível

Em síntese, onde é exposto os valores ativos referentes a softwares, custos de atletas formados, em formação e contratação de atletas profissionais. Ver notas 10 e 11, abaixo. O valor em termos de contratações dos atletas profissionais do São Paulo é de 68,246 milhões brutos, 21,553 milhões líquidos. O valor de todo o gasto (contratações + formação) do departamento de futebol do São Paulo é de mais de 97 milhões de reais, brutos ou 43 milhões de reais, líquidos.

9. Ativo diferido

Fora investido no diferido pouco mais de 1 milhão de reais no CFA de Cotia.

10. Contratos de atletas profissionais

Especial detalhamento sobre as contratações des jogadores profissionais do São Paulo, de 2005 até 2008, com valores amortizados ano a ano, ou seja, os valores que ainda faltam pagar, já considerados os juros... Tudo pré-estipulado em contratos.

Sem considerar as amortizações, vemos que o São Paulo, em 2008, gastou 12 milhões, aproximadamente, em novas contratações. Não necessariamente na "compra do passe" (que nem mais existe), mas certamente com luvas e outras cláusulas contratuais. Mesmo com a estrela Adriano, os valores foram menores que 2007.

11. Custo de atletas em formação e de atletas formados

Esta seção é curiosa. O que o São Paulo gasta em formação de atletas é contabilizado como Ativo, afinal, é investimento - afinal, jogador é patrimônio (Por isso não desvalorize um prata-da-casa tão cedo com xingamentos!). Todavia, quando dão "baixa", quando os jogadores se profissionalizam, ou são dispensados, "cai a real", e passam a contar entre as despesas, pura e simplesmente. Assim, o acréscimo ao patrimônio é de quase 17 milhões, acumulados nos últimos anos. Somente em 2008 o valor é de pouco mais de 5 milhões. Já com atletas formados os valores caem para pouco mais de 4 milhões no acumulado, e 2 milhões em 2008.

12. Reavaliação de bens do imobilizado

De tempos em tempos o São Paulo contrata auditores para reavaliar seu patrimônio físico, seja terrenos, edificações ou equipamentos. A reavalização de 2007 apontou uma mais-valia de mais de 86 milhões!, que somados aos custos de aquisição e as reavaliações acumuladas de 1998 e 2002 (o quanto valia anteriormente) resultam em patrimônios na casa dos 232 milhões de reais.

Não sei se pode-se dizer que os valores aqui expressos são valores de mercados (ou seja, se, por exemplo, o Morumbi valeria 98,964 milhões de reais, somente.

13. Instituições financeiras

O quanto o São Paulo tem em caixa nos respectivos bancos, como também o quanto tomou de empréstimo como capital de giro.

14. Obrigações trabalhistas

Tais obrigações não fazem distinção, no documento, se específica a atletas ou aos demais funcionários do clube.

15. Obrigações tributárias parceladas

Tal ponto merece transcrição integral:

“Em setembro de 2006 o Clube parcelou seus débitos Federais e Municipais, com base na Medida Provisória nº 303 e Programa de Parcelamento Incentivado da Prefeitura do Município de São Paulo, incluindo-se a renegociação do saldo existente no Programa de Parcelamento Especial - PAES, de 2003. Quanto aos débitos Federais, em setembro de 2007, com a adesão do Clube à Lei nº 11.345, que instituiu a "Timemania", foi feita a consolidação da dívida, somando-se a ela os valores outrora em discussão e que foram confessados. Como resultado da adesão, o Clube obteve uma redução de R$ 4,194 milhões no valor da dívida em virtude dos descontos propiciados pela Lei, e passou a estar em dia com suas obrigações junto a Receita Federal do Brasil. A dívida Federal foi dividida em 240 parcelas mensais. Os valores dos parcelamentos consolidados, na data do balanço, estão assim demonstrados”:

Ou seja, restam ao...

... ISS quase 2 milhões a serem pagos em 91 parcelas referentes ao período 1994-2003.

... PIS pouco mais de 700 mil reais a serem pagos em 92 parcelas referentes ao período 1994-1998.

... COFINS/INSS/IR pouco mais de 42 milhões de reais a serem pagos em atuais 230 parcelas referentes ao período de 1995-2007.

Maiores detalhes sobre os impostos federais referentes a Timemania, veja o item 21, diretamente no documento, pois abaixo não serão necessárias maiores explicações.

Enfim, o São Paulo deve (e está pagando) não mais que 45 milhões de reais aos governos. Se você viu por ai algo diferente desses números, desconfie.

16. Entidades esportivas e federações (sem comentários)

17. Adiantamento de contratos

Como dito antes, o São Paulo realmente recebeu de forma adiantada 4,4 milhões da Vulcabrás (Reebok), o que deixa claro que os termos iniciais do contrato com essa marca são de 15 milhões de reais/ano, aproximadamente. Todavia, existem outras cláusulas referentes e certamente os valores recebidos são maiores - só que contabilizados como outros itens.

Note que receber adiantamentos é prática comum também em anos anteriores – e não como chegaram a divulgar, uma ação criada especialmente para “maquiar” o superávit desse balanço.

18. Empréstimos de terceiros

Destaque para a nota: "Refere-se ao valor original de empréstimo utilizado para a contratação de ex-atleta, cujo contrato foi rescindido em comum acordo entre as partes em janeiro de 2004 (Leia-se: Ricardinho).

19. Contingências trabalhistas

Sabe aquelas disputas trabalhistas que volta e meia os tablóides sensacionalistas destacam, falando que o Morumbi fora até penhorado por causa delas? Estão inclusas aqui, e as perdas nesses processos são estimados em pouco menos de 2,5 milhões de reais no ano de 2008.

Muita farinha para pouco angu por ai...

20. Patrimônio social

Já explicado anteriormente.

21. Lei nº 11.345 - Timemania

Já explicado anteriormente.

22. Lei de incentivo ao desporto.

"Em 03/08/2007, foi regulamentada a Lei nº 11.438, de 29 de dezembro de 2006, que trata dos incentivos e benefícios para fomentar as atividades de caráter desportivo. A partir do ano-calendário de 2007 até o ano-calendário de 2015, inclusive, poderão ser despendidos a título de patrocínio ou doação, no apoio direto aos projetos desportivos e paradesportivos previamente aprovados pelo Ministério do Esporte, valores correspondentes a 6% do imposto de renda devido pelas pessoas físicas, apurado na declaração de ajuste anual ou 1% do imposto de renda devido pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, apurado trimestralmente ou anualmente, observado o disposto no inciso 4º do art. 3º da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995. O clube teve aprovados seis projetos, conforme abaixo demonstrado":

Projeto Ki-Atleta - Arte da Vida I = 1,563 milhões de reais em 2008.

Projeto Ki-Atleta - Arte da Vida II = 3,077 milhões de reais em 2008.

Formação de alta performance e aprimoramento de atletas = 8,028 milhões de reais em 2008.

REFFIS ou Centro de Reabilitação Desportiva, Fisioterápica e Fisiológica = 2,784 milhões de reais em 2007 e 2008.

Arquibancadas, vestiários, arruamento e estacionamento = 4,389 milhões de reais em 2007.

Alojamento de atletas = 6,696 milhões de reais em 2007.

Maiores detalhes sobre os projetos você pode conferir na apresentação do balanço, logo em seu início, diretamente no documento oficial.

23. Seguros (sem comentários).

24. Eventos subsequentes.

O São Paulo apresenta valores a serem compensados no futuro, inclusive o patrocínio da LG, da Unyco (Sports Service), da Pepsico (produtos da Unyco), Aché (Biosintética Farmacêutica) e da BPS Promoção e Publicidade, totalizando pouco mais de 28 milhões de reais.

Ao contrário do item 17, em que os contratos já estavam em vigor, essa sub-seção apresenta valores que, em parte, foram recebidos antes mesmo do início formal do contrato. Ou seja, na prática seus valores, em parte, devem ser abatidos no balanço do ano seguinte, pois já foram compensados em 2008.

Comentários finais

e específicos do desempenho nas demonstrações de superávit

Em termos de receitas:

Sem contar os valores obtidos com negociação de atletas, é de se destacar: a crescente escalada nos ganhos desde 2002. Não houve sequer um ano de queda nos rendimentos, atingindo, em 2008, 130 milhões de reais.

Pensando no futebol, todavia, um parênteses: As receitas do futebol chegaram a 118,793 milhões de reais, enquanto as despesas, 104,917 milhões de reais. A princípio o resultado é bom, posto que não venderam grandes atletas para repor o caixa... Acontece que incluso nesta receita está os valores ganhos com a Lei de Incentivo ao Esporte – que somente pode ser utilizada como investimento nas categorias de base.

Sem essas receitas, o futebol – pura e simplesmente, teria operado com pequena margem positiva de 4,738 milhões de reais. Entra ai então, também, outra questão: o Estádio (que em balanços de outros clubes não é dissociado do futebol – e que em alguns outros nem existe, rs). Com ele sim, o futebol termina no superávit confortável de 15,869 milhões de reais.

É bom enfatizar a importância do Estádio nesta atual conjuntura – e a possibilidade real do projeto Morumbi 2014, para a Copa do Mundo, desperta belos horizontes. Importante dizer tambem que, a partir de 2004, os resultados referentes ao Estádio, e mesmo ao Social/Amador e também a outras fontes de receitas estão em crescimento constante. Desde 2007 o departamento amador não dá prejuízo, o estádio há mais tempo: desde 2003.

Outro projeto que ganha destaque, tímido e gradativo, mas que já começa a chamar a atenção é o projeto sócio-torcedor, que de valores ínfimos a pouco menos de cinco anos (tanto que nem era contabilizado em tópico específico), já atrai os cofres tricolores o montante de 3,92 milhões de reais. Potencial para ser bem explorado, futuramente.

Os ganhos com licenciamentos de marca saltaram quase 90% de 2006 para 2008.

É isto. Não sou nenhum contador, mas espero ter ajudado em algo com o pouco que conheço e espero que, se conter qualquer erro, que possam – por favor - me ajudar a esclarecer o assunto. Obrigado.

4 comentários:

  1. Cara vc está de parabéns, acesso seu blog diariamente, simplesmente um dos melhores
    abraços

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  2. Obrigado, Rogério, valeu pela consideracao.

    Edison, hehe verdade, meio longo hehe

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  3. Eu me referia ao trabalho de fazer o levantamento e postar. Ler foi um prazer. Valeu!

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