Estudo classifica os 21 clubes mais ricos do Brasil
Por Diego Viças
Por trás de um grito de gol, de um grande título, os clubes têm uma árdua tarefa administrativa e financeira para realizar. Anualmente, como qualquer empresa, os clubes apresentam seus resultados de déficits e superávits baseados no desempenho de segmentos chaves. Esse balançoo final é chamado de receita.
Um projeto pioneiro no Brasil apresentou na última quinta-feira, 5, os resultados do estudo das receitas dos 21 clubes mais ricos do Brasil. O trabalho ficou por conta da empresa Casual Auditores Independentes, da cidade de São Paulo, e apresentado num evento especial realizado no salão nobre da FPF - Federação Paulista de Futebol, zona oeste da capital.
Os estudos iniciaram em 2001, mas foram apresentadas apenas as comparações entre 2005 e 2006, mais atual. Finalizada em 30 de abril - data limite para entrega de informações e dados dos próprios clubes - dois clubes ficaram de fora do balanço atual por não terem atingido os critérios mínimos ou tempo limite para fechamento do ranking desse ano. Sendo assim, Vitória-BA e Juventude-RS ficaram de fora, cedendo lugar para Barueri-SP e Náutico-PE.
Média total das receitas
Em comparação com a média da receita total dos 21 clubes de 2005, houve uma redução de 7,3% em 2006. No primeiro, a receita bateu recorde com o valor de R$ 1.065,3 milhões, ou seja, atingiu a incrível marca do bilhão. Com a redução atual, o valor ficou em R$ 987 milhões.
Todo esse valor foi dividido entre regiões estratégicas do país onde estão os clubes. Sendo assim, o Estado de São Paulo, representado por oito clubes, tem o maior nicho representativo de 41% do total da receita brasileira. Os quatro cariocas atingem 20%, seguidos dos dois gaúchos com 16%. Os dois clubes mineiros contam com 11% dos recursos, seguidos dos três paranaenses, com 9% dos R$ 987,04 milhões em receitas geradas.
O que é analisado?
Para fazer a média da receita de um clube, a Casual Auditores analisou as principais fontes desses 21 clubes no ano de 2006. Dessa forma, a participação dos torcedores é muito pequena, apenas 8% do faturamento para um clube. Por outro lado, cotas de TV têm forte presença com 29%, seguido de negociação de jogadores, com 23%.
Curioso é analisar que em 2005 houve uma troca em que a negociação de atletas, com 31%, contribuiu mais do que as cotas televisivas, 26%. Entre os apresentadores do estudo, o especialista em gestão de clubes de futebol da Casual, Amir Sommogi, que tratou de explicar umas das principais vantagens de 2005. "Não podemos esquecer da venda de grandes nomes como Robinho, do Santos, Cicinho, do São Paulo, ou mesmo Fred, do Cruzeiro, ambos para a Europa por valores bem consideráveis".
Ranking
Outro representante da empresa Casual, especialista em contabilidade, Carlos Aragaki, apontou o São Paulo Futebol Clube como sendo o clube de maior receita do futebol brasileiro.
Dentre as principais causas do efeito de sucesso Tricolor, foram os títulos conquistados em 2005. Depois da conquista do Mundial da Fifa de Clubes, o São Paulo arrecadou R$ 500 mil em vendas de camisetas, dada a força do poder de royalties do clube cuja arrecadação alcançou R$ 3,85 milhões, maior valor gerado por um clube brasileiro com essa receita.
Em seguida, na ordem de mais para menos rico, estão Internacional-RS, Corinthians-SP, Palmeiras-SP, Flamengo-RJ, Atlético-PR, Cruzeiro-MG, Santos-SP, Fluminense-RJ, Atlético-MG, Cruzeiro-MG, Vasco-RJ, Botafogo-RJ, São Caetano-SP, Paraná¡-PR, Barueri-SP, Fiqueirense,SC, Ponte Preta-SP, Coritiba-PR, Guarani-SP e Náutico-PE.
Falta torcida
Um dos pontos mais discutidos foi os baixos índices do efeito bilheteria, representando a baixa presença dos torcedores nos estádios. Mesmo com um crescimento de 6% para 8% entre 2005 e 2006, a ocupação dos estádios no Brasil é irrisória. "Se usássemos a média de todo o potencial dos estádios brasileiros, teríamos 46,2 mil torcedores por jogo. Porém, usamos 28% menos, com médias de público de 12.945 torcedores", diz Amir.
Para se ter uma idéia do preocupante quadro, só a Alemanha possui uma média incrível de 41 mil torcedores por jogo. Na Europa são utilizados os carnês em que o torcedor paga uma espécie de pacote para acompanhar todos os jogos do time durante uma temporada. "Carnê antecipado é a solução no Brasil para aumento de público", defende Amir.
Em contrapartida, o ex-presidente do São Paulo, Marcelo Portugal Gouvêa, hoje diretor de planejamento do clube, diz que carnê não faz parte da cultura brasileira. "É fora da nossa realidade. E se acontece de um jogo ser adiado como foi com o Maracanã para o Pan 2007?", questiona.
O diretor de futebol do Santos Futebol Clube, Dagoberto dos Santos, acredita que o torcedor vai ao estádio para ver espetáculo, independentemente do valor do ingresso. "Faltam ídolos. Não adianta investir em espetáculos de qualidade se esses são realizados por ídolos, que cada vez mais cedo deixam o Brasil, porque lá fora (exterior) eles terão suas chances de defender outras seleções", reflete Dagoberto.
Convidado de honra
Também participaram do evento o diretor financeiro da Federação Paulista de Futebol, Rogério Caboclo, e o ex-governador do Estado de São Paulo José Maria Marín, que anunciou sua saída do cargo vigente de vice-presidente da FPF. Mais que isso, adiantou que vai assumir a vice-presidência da CBF e deve iniciar seu trabalho ao lado de Ricardo Teixeira a partir do próximo dia 16.
_____Um projeto pioneiro no Brasil apresentou na última quinta-feira, 5, os resultados do estudo das receitas dos 21 clubes mais ricos do Brasil. O trabalho ficou por conta da empresa Casual Auditores Independentes, da cidade de São Paulo, e apresentado num evento especial realizado no salão nobre da FPF - Federação Paulista de Futebol, zona oeste da capital.
Os estudos iniciaram em 2001, mas foram apresentadas apenas as comparações entre 2005 e 2006, mais atual. Finalizada em 30 de abril - data limite para entrega de informações e dados dos próprios clubes - dois clubes ficaram de fora do balanço atual por não terem atingido os critérios mínimos ou tempo limite para fechamento do ranking desse ano. Sendo assim, Vitória-BA e Juventude-RS ficaram de fora, cedendo lugar para Barueri-SP e Náutico-PE.
Média total das receitas
Em comparação com a média da receita total dos 21 clubes de 2005, houve uma redução de 7,3% em 2006. No primeiro, a receita bateu recorde com o valor de R$ 1.065,3 milhões, ou seja, atingiu a incrível marca do bilhão. Com a redução atual, o valor ficou em R$ 987 milhões.
Todo esse valor foi dividido entre regiões estratégicas do país onde estão os clubes. Sendo assim, o Estado de São Paulo, representado por oito clubes, tem o maior nicho representativo de 41% do total da receita brasileira. Os quatro cariocas atingem 20%, seguidos dos dois gaúchos com 16%. Os dois clubes mineiros contam com 11% dos recursos, seguidos dos três paranaenses, com 9% dos R$ 987,04 milhões em receitas geradas.
O que é analisado?
Para fazer a média da receita de um clube, a Casual Auditores analisou as principais fontes desses 21 clubes no ano de 2006. Dessa forma, a participação dos torcedores é muito pequena, apenas 8% do faturamento para um clube. Por outro lado, cotas de TV têm forte presença com 29%, seguido de negociação de jogadores, com 23%.
Curioso é analisar que em 2005 houve uma troca em que a negociação de atletas, com 31%, contribuiu mais do que as cotas televisivas, 26%. Entre os apresentadores do estudo, o especialista em gestão de clubes de futebol da Casual, Amir Sommogi, que tratou de explicar umas das principais vantagens de 2005. "Não podemos esquecer da venda de grandes nomes como Robinho, do Santos, Cicinho, do São Paulo, ou mesmo Fred, do Cruzeiro, ambos para a Europa por valores bem consideráveis".
Ranking
Outro representante da empresa Casual, especialista em contabilidade, Carlos Aragaki, apontou o São Paulo Futebol Clube como sendo o clube de maior receita do futebol brasileiro.
Dentre as principais causas do efeito de sucesso Tricolor, foram os títulos conquistados em 2005. Depois da conquista do Mundial da Fifa de Clubes, o São Paulo arrecadou R$ 500 mil em vendas de camisetas, dada a força do poder de royalties do clube cuja arrecadação alcançou R$ 3,85 milhões, maior valor gerado por um clube brasileiro com essa receita.
Em seguida, na ordem de mais para menos rico, estão Internacional-RS, Corinthians-SP, Palmeiras-SP, Flamengo-RJ, Atlético-PR, Cruzeiro-MG, Santos-SP, Fluminense-RJ, Atlético-MG, Cruzeiro-MG, Vasco-RJ, Botafogo-RJ, São Caetano-SP, Paraná¡-PR, Barueri-SP, Fiqueirense,SC, Ponte Preta-SP, Coritiba-PR, Guarani-SP e Náutico-PE.
Falta torcida
Um dos pontos mais discutidos foi os baixos índices do efeito bilheteria, representando a baixa presença dos torcedores nos estádios. Mesmo com um crescimento de 6% para 8% entre 2005 e 2006, a ocupação dos estádios no Brasil é irrisória. "Se usássemos a média de todo o potencial dos estádios brasileiros, teríamos 46,2 mil torcedores por jogo. Porém, usamos 28% menos, com médias de público de 12.945 torcedores", diz Amir.
Para se ter uma idéia do preocupante quadro, só a Alemanha possui uma média incrível de 41 mil torcedores por jogo. Na Europa são utilizados os carnês em que o torcedor paga uma espécie de pacote para acompanhar todos os jogos do time durante uma temporada. "Carnê antecipado é a solução no Brasil para aumento de público", defende Amir.
Em contrapartida, o ex-presidente do São Paulo, Marcelo Portugal Gouvêa, hoje diretor de planejamento do clube, diz que carnê não faz parte da cultura brasileira. "É fora da nossa realidade. E se acontece de um jogo ser adiado como foi com o Maracanã para o Pan 2007?", questiona.
O diretor de futebol do Santos Futebol Clube, Dagoberto dos Santos, acredita que o torcedor vai ao estádio para ver espetáculo, independentemente do valor do ingresso. "Faltam ídolos. Não adianta investir em espetáculos de qualidade se esses são realizados por ídolos, que cada vez mais cedo deixam o Brasil, porque lá fora (exterior) eles terão suas chances de defender outras seleções", reflete Dagoberto.
Convidado de honra
Também participaram do evento o diretor financeiro da Federação Paulista de Futebol, Rogério Caboclo, e o ex-governador do Estado de São Paulo José Maria Marín, que anunciou sua saída do cargo vigente de vice-presidente da FPF. Mais que isso, adiantou que vai assumir a vice-presidência da CBF e deve iniciar seu trabalho ao lado de Ricardo Teixeira a partir do próximo dia 16.
Fonte: Soccerway.
Axava que o inter era o mais rico do pais..
ResponderExcluirmas msmo assim..pode ser quee este ano ele teja caido para 2 lugar Ô.o
Bem, dependendo do quesito que é analisado, talvez os resultados sejam diferentes, se bem que não lembro de ter visto o inter liderando nenhum dos principais nos últimos tempos. Receita bruta, ano passado, por exemplo, o SPFC arrecadou quase 200 milhoes de reais, uns 190 na realidade... (Receita Total no valor de R$ 190.079.000,00)
ResponderExcluirPatrimônio bruto e líquido também.
Agora em termos de lucro no ano passado, nao estava na liderança não. Se nao me engano quem mais lucrou ano passado foi o Atlético Paranaense... Ou talvez ai sim o inter, mas não me lembro com precisão os dados.
O SPFC arrecadou muito mas gastou muito em investimentos e no reconhecimento da divida para entrar na timemania. Divida já abatida dessa arrecadação.
No globoesporte.com tem esses dados.
Por fim recomendo:
http://spfcpedia.blogspot.com/2008/07/balano-financeiro-de-um-olhar-crnico.html
E esse também
ResponderExcluirhttp://spfcpedia.blogspot.com/2008/07/comparao-de-receitas-200607.html
Com tantos Jogos do Vasco transmidtidos pela tv, não sei pq o time não arrecada muito dinheiro. Bem as vendas de atleta pelo clube é bem baixa diga-se de passagem. os torcedores comparecem tanto aos estádios, os sócios contribuem...eu acho que os recurso de meu vascão não estão sendo bem aproveitados!!!
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