SÃO PAULO FUTEBOL CLUBE

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Fundação: 25 de janeiro de 1930
Apelidos: O Mais Querido, Clube da Fé, SPFC, Tricolor Paulista.
Esquadrão de Aço (30-35), Tigres da Floresta (30-35), Rolo Compressor (38-39, 43-49), Tricolor do Canindé (44-56), Rei da Brasilidade (50-60), Tricolor do Morumbi (60-), Máquina Tricolor (80/81), Tricolaço (80/81), Menudos do Morumbi (85-89), Máquina Mortífera (92/93), Expressinho Tricolor (94), Time de Guerreiros (2005), Soberano (2008), Jason (08-09), Exército da Salvação (2017), O Mais Popular (2023), Campeão de Tudo (2024).
Mascote: São Paulo, o santo.
Lema: Pro São Paulo FC Fiant Eximia (Em prol do São Paulo FC façam o melhor).
Endereço: Pr. Roberto Gomes Pedrosa, 1. Morumbi; São Paulo - SP. CEP: 05653-070.
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segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

São Paulo nas alturas


São Paulo nas alturas

por David Plassa*

Foi no dia 7 de dezembro de 1987 que a Unesco declarou o Plano-Piloto de Brasília Patrimônio Cultural da Humanidade. Exatos 21 anos depois, em Gama, 30 km da aclamada capital brasileira, os céus com sua inquietude divina anunciavam o primeiro TRI-CAMPEÃO Brasileiro de Futebol. Em 38 edições do certame nunca um time teve a capacidade de tanto. E que capacidade. Há quase quatro meses atrás o São Paulo Futebol Clube via os seus propósitos desvanecerem, frente a um Olímpico em êxtase azul, branco e preto.

O céu escureceria de vez, não fosse o Tricolor Paulista o legítimo “Clube da Fé”. Parafraseando Martin Luther King, mesmo as noites sem estrelas podem anunciar a aurora de uma grande realização. Era preciso ser invencível, igualar recordes, convencer os terrenos e os deuses do futebol que aquele grupo merecia um brilho jamais conquistado por outros, na maioria dos casos até mais gabaritados. Se Hércules realizou 12 trabalhos, o São Paulo tinha pela frente 18.

Os guerreiros tricolores, sob a batuta do Mestre Muricy e a liderança de Rogério Ceni lutaram e acima de tudo acreditaram em algo que poucos eram capazes de ver na então encoberta abóbada celeste. Era o sonho que move heróis a conquistarem as mais belas glórias sobre os mais imponentes rivais.

Antes da decisão boatos de maletas, um envelope, um árbitro suspenso e a guerra de vaidades do lado nefasto da cartolagem brasileira. Algo diminuto para o esquadrão que iria se consagrar naquela tarde de domingo. Menor ainda para o São Paulo que via seu esplendor refletido na torcida que se tornaria a mais brasileira de todas. Ou algum seguidor de outra agremiação coleciona seis Campeonatos Brasileiros?

A pelota rolou e também queria participar da conquista Tricolor. Caprichosamente ela antecipou o movimento de Paulo Baier e correu para onde ele não pudesse tocá-la. Instantes depois o nosso capitão, goleiro, artilheiro, líder e conquistador partiu para o campo adversário. O céu revirava-se em cores e movimentos atmosféricos dignos do mais importante fenômeno que poderia acontecer. O auxiliar Alessandro Rocha Matos se espantou. Jamais vira na história do futebol brasileiro os antecedentes de uma conquista deste porte: o TRI-Campeonato da mais importante competição nacional e o primeiro TRI do maior clube brasileiro.

Qualquer mortal gelaria a alma naquele momento. Os gigantes tricolores imortalizados dançavam hinos de vitórias sobre as tempestuosas nuvens, preparadas para banhar as almas tricolores ali presentes. Leônidas da Silva, Marcelo Portugal Gouvêa, o Deus da Raça Chicão, a classe de Roberto Dias e tantos outros que nos encaminharam para esse sabor. Todos eles já celebravam a conquista. O devaneio deixou rendido o bandeira. Era impossível estragar a alegria celestial, que até um arco-íris havia preparado para a festa. Era o símbolo da aliança firmada entre o São Paulo e as vitórias eternas.

Depois choveu. A doce água que lavou todas as frustrações e incertezas que rondavam o time do Morumbi e sua torcida, agora Patrimônios Esportivos da Nação Brasileira.

*Hexa-Tri-Campeão Brasileiro e jornalista

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