SÃO PAULO FUTEBOL CLUBE

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domingo, 28 de fevereiro de 2010

O Tricolor Paulista dos Pampas

Digamos que isto é um "off-topic".


O Morumbi é aqui

Faltavam campeões no Grêmio? O clube resolveu isso comprando de baciada

Por Frederico Langeloh - Revista Placar

Quando Paulo Autuori assumiu o Grêmio, em meados da Libertadores de 2009, sentiu a necessidade de ter no elenco jogadores com mais títulos no currículo. Campeão mundial com o São Paulo, em 2005, ele viu que tinha um bom grupo nas mãos. Porém, na coluna vertebral da equipe havia poucas taças na bagagem. Por melhor que fossem para o time, Victor, Réver, Fábio Santos, Túlio, Tcheco, Souza e Maxi López não eram exatamente vencedores. Apenas os dois últimos e o lateral-esquerdo Fábio Santos tinham conquistas importantes na carreira. E, mesmo assim, como coadjuvantes. Autuori indicou dois jogadores: Leandro e Borges. Um estava no Verdy Tokyo, do Japão, o outro tentava recuperar o posto de titular no Morumbi. Ambos foram nomes importantes nos recentes títulos nacionais do São Paulo.

Pois o sonho de contar com a dupla (e seu cartel de títulos) demorou quase um ano para ser concretizado. Mas foi. A esperança é que junto com Souza, o dono do meio-campo gremista desde a saída de Tcheco, Leandro e Borges possam devolver o Grêmio aos tempos das grandes conquistas - desaparecidas do Olímpico desde a Copa do Brasil de 2001. Mas ainda faltava um elemento para completar a turma de medalhões para a temporada que poderá ser a da redenção dos títulos nacionais: Hugo. Jogador do Grêmio em 2006, o meia-atacante mudou-se para o Morumbi ao fim da temporada. Ganhou títulos, mas jamais teve o carinho da torcida. Vanessa, a mulher de Hugo, gaúcha de Caxias do Sul, também foi fator decisivo para o retorno dele ao Rio Grande.


Hugo, Souza e Leandro, juntos no São Paulo em 2007

Assim, o Grêmio fechou aquele que considera o "Quarteto Fantástico" para a temporada: Souza, Hugo, Leandro e Borges. E não saiu barato. Parte dos 6,5 milhões de euros pagos pelo Shakhtar Donetsk ao Grêmio por Douglas Costa foi reservado para bancar as luvas do trio - após pagar outros credores, o Tricolor ficou com menos de 1 milhão de euros. Mas valem cada centavo (de euro). No currículo, cada um dos Quatro Mosqueteiros tem mais títulos que o Grêmio da última década. Além deles, a turma do Morumbi é completada pelo técnico Silas, campeão brasileiro em 1986 com o São Paulo como jogador, e os laterais Fábio Santos e Joílson - este, sem chances no clube, deve ser negociado.

"É claro que eles foram buscados por serem experientes e, sobretudo, bons jogadores. Mas as conquistas pessoais também contaram muito para que contratássemos esses jogadores. São vencedores. E precisamos desse tipo de atleta por aqui", afirma o vice de futebol do Grêmio, Luiz Onofre Meira. Mas o dirigente vai além. O clube aposta em uma química vitoriosa na história do tricolor gaúcho para voltar a erguer taças: a mescla de jogadores experientes com a gurizada da casa. Foi assim com aqueles times responsáveis pelas principais taças no museu do clube. "Deixamos de trazer jogadores 'de grupo' para reforçarmos o time com jogadores de nome", afirma Meira. "Essa turma que passou pelo São Paulo dará equilíbrio a um elenco formado na base do Grêmio", acrescentou o vice de futebol.

Hugo, Leandro e Borges já demonstravam grande entrosamento com os demais jogadores em seus primeiros dias vestindo azul, preto e branco. A integração, a partir de Souza, Fábio Santos e Joílson, foi rápida. "Já me sinto em casa", afirma Borges. "No futebol, é difícil você jogar outra vez com amigos. No Grêmio, reencontrei Leandro, Souza, Hugo e Joílson, grandes amigos, com quem fui campeão brasileiro em 2007 no São Paulo. Nunca pensei que voltaria a trabalhar com eles. Isso dá uma motivação extra para entrar em campo. Sei que a torcida espera que consigamos repetir, aqui, aquela temporada do São Paulo", diz o atacante. A primeira semana de convivência do quarteto ocorreu na pré-temporada do time, na cidade de Bento Gonçalves. Inseparáveis, eles foram ainda o destaque dos treinos e amistosos da preparação.

Leandro trocou Tóquio por Porto Alegre com grande convicção. Estava acertado com a direção gremista há quase um ano. Só não desembarcou antes na cidade porque o clube japonês negava-se a liberá-lo. Quando voltou ao Brasil para se apresentar ao Grêmio, recebeu uma sondagem do São Paulo. Ainda nos tempos de Muricy Ramalho, o Morumbi sonhava com seu retorno. Antes de ser demitido, o técnico tricampeão brasileiro havia revelado que, de todos os sãopaulinos negociados, Leandro era aquele que ele mais desejaria ter de volta. A tentativa de repatriar Leandro ocorreu durante um jantar com o amigo Rogério Ceni, na capital paulista. O atacante agradeceu o convite, mas garantiu que seu desejo para 2010 era defender o Grêmio. "O pessoal do Grêmio foi conversar pessoalmente comigo. Estávamos acertados há muito tempo. Não os deixaria na mão", afirma Leandro.

A partir de agora, o desafio dos Quatro Mosqueteiros será transformar bom ambiente e motivação em conquistas. Se nos tempos de São Paulo nenhum deles chegou a ser o esteio do time, no Olímpico a equipe de Silas será construída em torno dos quatro amigos. Souza já havia assumido esse papel na temporada passada. Por isso, era ovacionado nas vitórias e vaiado nas derrotas - no imaginário do torcedor, ele precisava resolver sempre. Agora, dividirá com Hugo, Borges e Leandro a missão. Souza e Hugo serão respon- sáveis pela armação, enquanto que Borges e Leandro devem formar a dupla de ataque. Jonas corre por fora... "Entendo que todos são protagonistas sempre. Discordo desta história de coadjuvante. São jogadores de renome e com grande experiência. Precisávamos disso por aqui", diz Souza.

Hugo também rejeita o rótulo de fazer a "escadinha" para as estrelas. Entende que desde 2007 era um dos grandes nomes do São Paulo, embora não fosse reconhecido como tal: "Cheguei ao Morumbi sob desconfiança, mas, aos poucos, fui me tornando um dos principais jogadores do time. Venci dois Brasileirões e fiz 30 gols. Isso não é coisa de coadjuvante".

Borges, Leandro e Hugo chegam para se juntar a Souza, Fábio Santos, Túlio, Rochemback, Réver e Victor, além de garotos como Mário Fernandes, Roberson, Bruno Collaço, Mithyuê, Maylson e Henrique. A intenção do Grêmio é que tal mistura termine em título ao fim da temporada. Mas fica uma dúvida: também não há a possibilidade de o vestiário do Grêmio transformar-se no vestiário do Morumbi? Com uma espécie de panelinha? "É absurdo pensar algo assim", indigna-se Borges. "É claro que somos grandes jogadores, todos com experiência, mas aqui também encontramos um grupo com excelentes atletas. Não haverá panela alguma."

O bom ambiente do vestiário também é garantido por Silas. Está escudado pelo preparador físico Paulo Paixão, tão famoso por seu trabalho motivacional e de aglutinação de grupo quanto pelo fôlego que dá aos jogadores. "Não acredito em problemas de vestiário. Todos são experientes e vencedores. Se aceitaram o desafio de trocar de clube foi para seguirem obtendo conquistas. Além disso, são excelentes homens de grupo", afirma Silas.

Mais um detalhe sobre o quarteto: a forte personalidade. Em diversas oportunidades, eles já foram responsáveis por declarações incendiárias. Até mesmo Hugo, o mais tranquilão da turma. Ao desembarcar em Porto Alegre para assinar contrato, ele disse que precisaria aguardar mais alguns dias para acertar-se com o Grêmio porque ainda esperava uma oferta do exterior. É claro que a torcida não gostou de ouvir isso. As línguas de Leandro e Souza, amipor exemplo, já seriam colocadas à prova no fim de janeiro, no Grenal do dia 31. "Sempre fui de falar, é verdade. Mas amadureci muito no Japão. Não faço mais provocações aos rivais", diz Leandro. Ao contrário do amigo, Souza garante que seguirá o mesmo de sempre: "Sei que provocar e falar bastante não ganha jogo, mas não deixarei nunca de dizer o que penso. Estamos em um país livre".

A estreia do quarteto em partidas oficiais, 3 x 2 contra o Pelotas de virada, funcionou como um show-room. Leandro foi contratado por sua movimentação? Pois em Pelotas atuou de meia-atacante e lateral-direito. E foi como lateral que surgiu no lado esquerdo para cavar o pênalti do primeiro gol. Borges chamava atenção pela proteção de bola? Foi em uma parede dessas que marcou o gol de empate. Hugo atraía pelos chutes de fora? O gol da vitória saiu de um chute assim. Se a primeira impressão é a que fica, o "Quarteto Fantástico" já ganhou o crédito de que precisava com a torcida tricolor.

3 comentários:

  1. Essa camisa que eles fizeram ficou estranha.

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  2. Antes de pensar no GRÊMIO preocupem-se com o SANTOS. Neymar e Ganso não precisam de títulos para colocar vocês no bolso.

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  3. Hahaha, alguem ficou bravinho.

    Reclamações > Editora Abril, ok? Passar bem.

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